“Keep the ocean clean”, no Oceanário de Lisboa
Um projecto desenvolvido por três surfistas que pretendem alertar para os cuidados a ter com o ambiente
Mais de vinte esculturas, feitas a partir de lixo encontrado em praias e retirado do mar, estão expostas no Oceanário de Lisboa, e podem ser visitadas gratuitamente até dia 26 de Novembro. Um projecto desenvolvido por três surfistas que pretendem alertar para cuidados ambientais necessários, os Skeleton Sea. “Keep the Ocean Clean” já foi vista por mais de quatro milhões de pessoas, tendo passado por aquários como o L’ Oceanographic de Valência, o Aquário de San Sebastien e o Museu Marítimo de Bilbau.
O projecto, iniciado em 2005, “consiste em recolher lixo do fundo do mar, em praias de vários pontos do Mundo, e reutilizá-lo para criar obras de arte”, afirma João Parrilha, um dos três surfistas do grupo Skeleton Sea, e também artista – tal como são todos. A poluição marinha representa um problema ambiental de dimensão planetária com acumulação e deterioração de plástico e outros resíduos nos oceanos. Este facto mobilizou os artistas do “Skeleton Sea” a criar a exposição, que tem como objectivo alertar para a responsabilidade de todos na conservação dos oceanos. Plástico, ferro, borracha, cordas e redes foram os principais materiais recolhidos. Mas não só. Também se reuniram outros que deram origem a esculturas como, por exemplo, um atum feito a partir de latas de atum, e um outro peixe feito de chinelos. Os visitantes podem contemplar o “Flip Flop Fish”, peça feita com chinelos de plástico e a “Roxy Marmaid”, construída com detritos de embarcações, entre outras esculturas. Os artistas do Skeleton Sea, pretendem mostrar que, com algum lixo e muita criatividade, é possível criar obras de arte que inspiram o público a proteger os ecossistemas marinhos.
“O lixo marinho é um dos problemas que a nova Estratégia Marinha para Portugal, actualmente em consulta pública, pretende resolver até 2020. Segundo um estudo realizado em sete praias entre 2000 e 2006, os resíduos mais frequentemente encontrados são cordas e linhas, seguidos de bocados de madeira, plásticos, cordas e redes e caixas de peixe”, como refere a publicação Diário de Notícias.
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