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Kevin Morby @ Lisboa Ao Vivo (05.07.2023)

Quando um encore salva uma noite

No passado dia 5 de julho, Kevin Morby, actou na Sala 1 do Lisboa Ao Vivo (LAV), para uma sala próxima de estar cheia. O músico texano, nascido em Lubbock, trazia um álbum para apresentar, de seu nome “More Photographs (A Continuum)” um álbum editado em março de 2023 que funciona como um lado B do antecessor “This is a Photograph” (lançado no ano passado).

A primeira parte do concerto de Kevin Robert Morby foi amena, com muitas faixas do álbum “This is a Photograph”. Abriu com a música que dá nome ao LP: «This is a Photograph», seguida de «A Random Act of Kidness» com o baixista a entrar no back vocal. «Bittersweet, In», foi simpática, infelizmente não contou com a voz de Erin Rae, como gravado em estúdio. Depois de afirmar que Lisboa era uma das suas cidades favoritas, cantou de forma pouco empática «Five Easy Pieces». «Rock Bottom» foi mais energética, com a ajuda da distorção da guitarra de Morby. A audiência começou a dar alguns sinais de insatisfação, dando a entender o desejo que o musico deixasse as faixas deste álbum. Kevin acabou por insistir em mais uma, convidando a um abraço dos casais, enquanto lançou rosas para o público, cantou «Stop Before I Cry». Após esta primeira parte, anunciou que iria tocar apenas músicas antigas. Iniciou a etapa complementar com «Campfire», e rematou «Wander». Ambas foram mornas, não tiveram o impacto esperado. «No Halo» foi melhor, tendo o importante apoio do saxofone. Seguiu-se «Piss River», também do aclamado álbum “Oh My God”. Esperávamos mais carisma do frontman a tocar estas duas importantes faixas. «City Music» foi bastante competente, sendo o momento mais rock n´roll de toda a noite. Alterou o verso para Lisboa let´s play music. Antes de cantar a próxima, «I Have Been to the Mountain», partilhou com a audiência que foi escrita justamente em Lisboa, à cerca de nove anos. Terminou com «This Is a Photograph II», outra vez com pouca inspiração.

O melhor estava guardado para o encore. Em apenas duas faixas fez valer a ida ao LAV. Iniciou o encore com «Beautiful Strangers». Finalmente vimos um Morby próximo, quente e empático. O publico respondeu, acompanhando a letra de toda a música, telemóveis no ar a gravar e total atenção à banda. Acabou com «Harlem River», numa toada rock e sincera e, como já citamos, agradavelmente empático para com o LAV.

Neste concerto no LAV, encontramos um músico que nos pareceu, na maior parte do espetáculo, francamente distante. Eventualmente desgastado com o infeliz incidente familiar, que referimos na antevisão do concerto. Não deixou de ser competente em parte alguma da noite. No encore foi tudo aquilo que fomos à procura.

Esperamos um regresso, em breve, de Kevin Morby na plenitude das suas grandes capacidades.



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