Killzone: Shadow Fall | Análise
Da Guerrilla Games, chega à Playstation 4 o quarto título da série Killzone. Killzone: Shadow Fall promete revolucionar a série em termos de grafismo e jogabilidade. Conseguirá o primeiro grande exclusivo da PS4 cumprir a sua promessa, ou será que este título vai marcar o declínio da série?
30 anos separam os eventos de Killzone 3 e Shadow Fall. Aos Helghast que sobreviveram à destruição de Helghan, foi-lhes oferecido, pela ISA, refúgio e a permissão para colonizar metade do planeta Vetka que se viria a chamar New Helghan. Como seria de esperar os conflitos não cessaram, ainda mais agora que a guerra entre Vetkans e Helghast culminou na destruição de Helghan. Nem a imensa fortificação, edificada com o fim de estabelecer a divisão entre as duas facções, com o nome The Wall (a muralha) foi o suficiente para impedir que as duas facções levassem a cabo operações furtivas e que o ambiente de Guerra-Fria fosse instalado.
Cansados de viver em bairros degradados e afastados da deslumbrante Vetka City, os conflitos estão cada vez mais descontrolados e é só uma questão de tempo até que tome lugar uma revolução dos Helghast.
A história apesar de ter, por vezes, momentos algo previsíveis, alguns até aborrecidos, consegue ser interessante e deixar-nos com vontade de saber como tudo acaba. Leva-nos sempre a cenários bem detalhados e apresenta Killzone: Shadow Fall como um título visualmente deslumbrante onde ficam evidentes as capacidades gráficas da Playstation 4. Os cenários agora são maiores pedindo que os exploremos na sua totalidade antes de procedermos para o objectivo que nos é traçado e, uma vez que os artigos coleccionáveis estão de volta, é sem dúvida algo que devemos fazer. Em termos de longevidade contem com 8 a 10 horas de campanha. Nada mau, uma vez que nos títulos deste género o modo história chega a durar 5 horas.
A jogabilidade está mais refinada e é talvez a mais empolgante da série, introduzindo uma valiosa ferramenta, o OWL. Este drone permite um vasto leque de abordagens aos nossos inimigos ajudando a que o combate possa ser uma experiência sempre diferente. Ao todo são 4 os modos que o OWL dispõe, um de ataque, outro em que emite uma descarga eléctrica destruindo o escudo dos nossos inimigos, outro em que age como um escudo que nos protege e outro em que dispara uma corda que nos permite aceder a outras partes do cenário. Várias serão as situações em que nos vamos encontrar, várias serão também, como disse, as abordagens possíveis para as resolver. Podemos simplesmente avançar de armas em punho e matar todos os que se encontrarem no nosso caminho, ou podemos ser furtivos, matando sem que sejamos vistos e inutilizar o sistema de alarme com o nosso OWL para impedir que sejam chamados reforços. É pena que por vezes a IA dos personagens que nos acompanham, continue a ser um problema já habitual na série Killzone, daí que seja perfeitamente normal que confiem mais no vosso OWL do que em qualquer outro soldado.
O Multiplayer apesar de manter praticamente a mesma receita dos títulos anteriores, continua a ser uma experiência capaz de agradar aos fãs do género. As armas e habilidades estão desbloquadas desde o começo e temos apenas três classes ao nosso dispor, Assault, Scout e Support. Deixamos agora também de precisar de pontos de experiência para evoluir. Se o quisermos fazer, temos de cumprir desafios específicos para a classe com a qual estamos a jogar. Ao cumprir esses desafios podemos melhorar as nossas armas e habilidades. Ao todo são 10 os mapas que temos disponíveis, e a tradicional Warzone dinâmica é o modo mais visitado. Aqui vão alterando os objectivos que temos de cumprir, como capturar bandeiras, conquistar certos locais do cenário ou eliminar um alvo específico da outra equipa. Os jogadores são também convidados a criar as suas próprias Warzones, com as restrições e armas que acharem mais interessantes. Ao participar nas Warzones criadas por outros jogadores, é dar o Feedback e voltar mais tarde… ou não.
O título anterior foi talvez o ponto mais baixo da série, no entanto Killzone: Shadow Fall consegue estabelecer-se como um ponto de viragem na série. Com um grafismo surpreendente e uma jogabilidade bem mais refinada, é pena que alguns pontos da história tenham ficado algo aquém da expectativa. É no entanto um título capaz de nos entreter por um bom leque de horas e no multiplayer têm acção e adrenalina que nunca mais acaba.
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