Le Futur Pompiste

Entrevista exclusiva ao projecto indie pop finlandês.

A pop escandinava tem sido bastante fértil em projectos interessantes. Os Le Futur Pompiste não fogem a essa regra. Praticantes de um indie pop contangiante e sedutor, a banda finlandesa passou por Portugal, pelo Clube Mercado, para apresentar o seu primeiro disco de originais, “Your stories and you thoughts”, um disco recheado de momentos pop sublimes, com pormenores deliciosos, sendo por isso altamente recomendável.

A rua de baixo trocou algumas ideias com o projecto finlandês sobre a sua música e o seu futuro. Se ainda não conheciam os Le Futur Pompiste, esta é uma excelente oportunidade para ficarem com uma primeira ideia. Depois é só ouvir o disco.

RDB: Li na vossa biografia que são oriundos de diferentes cidades. Como se conheceram?

Le Futur Pompiste:
Na realidade somos todos naturais da mesma cidade e conhecemo-nos há bastante tempo. Depois de termos formado os Le Futur Pompiste deixámos a nossa terra Natal, Vaasa, e neste momento quatro de nós estão a viver em Helsínquia e os outros dois em Turku. A distância muitas vezes dificulta um pouco as coisas mas temos conseguido ultrapassar esse problema.

Como nasceu este projecto? Quais as vossas motivações?

Antes deste projecto todos nós tocávamos em diferentes bandas mas já partilhávamos os mesmos gostos musicais e algumas influências. A primeira gravação dos LFP aconteceu um pouco por acaso, numa noite em que a Einar, Ville e Johann decidiram gravar uma pequena demo. Mais tarde juntou-se o Axel e a Jessika, que vieram dar mais opções e consistência ao projecto.

O nosso objectivo é criar música simples e de qualidade. Nós não estamos na música com o único propósito de sermos diferente de tudo o resto. Se soa bonito e interessante nós gostamos. É isso que procuramos na nossa sonoridade.

Como surgiu o nome, “Le Futur Pompiste”?

São apenas algumas palavras que soam muito bem juntas. Foi algo que o Einar lembrou-se das aulas de francês que teve na escola.

Podem descrever o som dos LFP para todos aqueles que ainda não tiveram oportunidade de vos ouvir?

Se apenas tivermos em linha de conta o nosso disco, “Your stories and you thoughts”, podem-nos considerar um projecto indie pop contemporâneo com raízes na bossa dos anos sessenta e na pop mais “suave”. Mas, a verdade é que o nosso som está em constante mutação e o próximo disco irá provavelmente dar a conhecer outro tipo de arranjos e ambientes.

Qual a vossa opinião sobre a produção musical finlandesa? O que temos andando a perder?

Existem muitos projectos interessantes. Bandas como os “Cats on Fire”, “Regina”, “Ultra Sporte” e “Red Carpet” têm produzido músicas sublimes. O grande problema na Finlândia é a reduzida dimensão da “cena indie”, que não dá grande margem de manobra para este tipo de projectos se desenvolver. Embora ainda se sinta esta dificuldade, a situação tem vindo a melhorar substancialmente com o aparecimento de diversos clubes que se têm focado neste tipo de sonoridade.

Acham que existe um som tipicamente escandinavo? A vossa música reflecte esse espírito?

Se pensarmos na nossa vizinha Suécia, ainda é possível encontrar um certo padrão na sua sonoridade, mas falar de um “som escandinavo” no global parece-me um pouco exagerado. Mesmo que exista um som tipicamente finlandês, nós de certeza que não estamos relacionados com ele.

“Your Stories and Your Thoughts” tem recebido um bom feedback na Europa?

Ainda só encontrámos algumas críticas ao nosso disco e todas elas são bastante positivas. A “Record Collector” deu-nos cinco estrelas o que é bastante bom. Navegando um pouco em alguns fóruns e comunidades ligadas à música também temos encontrado agradáveis surpresas …

Planos para o futuro? Têm algum objectivo que pretendem atingir?

De momento estamos concentrados em compor material novo. Já temos um conjunto de novas músicas e estamos bastante entusiasmados com o resultado final. Assim que houver material suficiente iremos tentar editar o nosso segundo disco. Quando isso acontecer, vamos esforçar-nos para promover melhor o nosso trabalho na Finlândia. É engraçado, temos muito mais fãs e airplay nas rádios nos estrangeiro…



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