“Lisboa” | David Pintor
Diário gráfico da Grande Alface
Humorista gráfico, ilustrador e pintor, David Pintor é, desde 1993, uma das metades da dupla Pinto & Chinto, de quem há bem pouco falámos a propósito da reedição do fantástico “Minimalário” e, lá mais para trás na linha temporal, de “Nicomedes O Careca“.
Em “Lisboa” (Kalandraka, 2013), David Pintor assume o papel de turista – e a sua veia de pintor – e oferece-nos um caderno de viagem dos seus passeios pela capital portuguesa, num percurso visual por locais como a Calçada da Estrela, o Miradouro do Castelo de São Jorge, Alfama ou o Pavilhão de Portugal da Expo 98.
Nesta colorida viagem somos acompanhados pelo alter-ego de David Pintor que, de bicicleta, capta de forma exemplar a paisagem deslumbrante e a identidade lisboeta: a luz que dá vida aos lugares, as pedras da calçada – e os seus padrões -, o colorido dos estendais, os azulejos de épocas quase esquecidas, as bonitas e arejadas praças, as muitas varandas, os jardins verdejantes.
A presença constante de sardinhas voadoras e do eléctrico amarelo ajudam a conferir a “Lisboa” o estatuto de caderno de ilustrações com asas, onde se sonha de olhos abertos, num convite para descobrir ou redescobrir uma cidade que, por com ela nos cruzarmos com tanta frequência, tendemos a esquecer o quanto é deslumbrante.
O livro oferece ainda quatro ilustrações em separado, que farão feliz qualquer parede caseira.
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