Loto

2004 viu nascer The Club, o primeiro álbum da banda. Conheçam-no aqui.

Já existem há seis anos enquanto banda, mas apenas em 2001 é que o EP Swinging On A Star revelou os Loto ao país, chegando a número um do top antena3. Três rapazes (João Pedrosa, João Tiago e Ricardo Coelho), vinham de Alcobaça, decididos a agitar a cena pop portuguesa e não só. A ambição sempre foi uma característica deste grupo. E ainda bem… fartos de discursos falsos ou derrotistas andamos nós.

Graças a este primeiro registo, conseguiram marcar presença em algumas (poucas) rádios nacionais e, durante os anos de 2002 e 2003, não pararam em termos de concertos. Já entre 1998 e 2001, altura em que editam a sua primeira maquete, os Loto passam por vários palcos nacionais de onde se destacam os Festivais Paredes de Coura, Fade In e Festival 365.

O presente ano viu nascer The Club, o primeiro longa-duração da banda. Teve a colaboração de Armando Teixeira e, mais uma vez, deixaram as falsas modéstias de parte e assumiram-se como uma banda que canta em inglês para atingir não só o mercado nacional, mas também o internacional. Como não houve feedback das editoras, avançaram para a edição de autor.

Entre as suas influências, assumem claramente a presença da Madchester (corrente iniciada em Manchester e que girava à volta de nomes como Joy Division, New Order ou Smiths), e chamam à sua terra natal, Alcobaça, a Madbaça uma vez que toda a atmosfera dos 80’s está presente na noite alcobaçense.

Quanto ao álbum, propriamente dito, é uma excelente estreia e um óptimo exemplo de toda esta nova geração pop que apareceu em Portugal. É alegre, divertido e dançável. Abre com Back to discos, tema que já entrou nos ouvidos de muita gente e que abre a porta para mais dez temas de pop electrónica.

À excepção do último tema (Shores) e de Units, mais calminhos, todos os temas convidam a dar um pé de dança. As batidas aliam-se bem à voz, resultando num registo muito homogéneo e consistente, mesmo oscilando entre as melodias suaves e os beats de baixos graves e batidas fortes. Revela também toda a vontade dos Loto de quererem vencer lá fora, pois as músicas tanto passam numa emissora nacional portuguesa, como numa inglesa.

Um registo que mostra que a música portuguesa está viva e recomenda-se, ao contrário do que se brada aos céus.



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