“White Light/White Heat”

Revisitar Lou Reed #3

"White Light/White Heat"

“I think that everything happens for a reason, everything happens when it’s going to happen.”

E se deixássemos Andy [Warhol] fora disto e cortássemos relações com Nico? E se em vez de tentarmos vender, como no Velvet & Nico, tentássemos não vender? Afinal de contas, vendemos 30 mil cópias e nem temos forma de confirmar se o [Brian] Eno diz a verdade (“I think everyone who bought one of those 30,000 copies started a band!”).

Vamos odiar a canção pop, vamos fazer tudo para a assassinar. Odiamos a «Sunday Morning» e até a «Femme Fatale» e a «All Tomorrow’s Parties». Odiamos coisas belas e acessíveis, tudo. Vamos sabotar esta merda toda e gravar para 30 pessoas. O ruído será a nossa zona de conforto. Mais LSD! O [John] Cale a cantar. Ou melhor, o Cale a recitar ao longo de oito minutos. Não, o Cale a recitar durante oito minutos numa orelha e a almofada instrumental a lixar tudo na outra. Oito minutos não será pouco tempo? Sim, lá para o fim teremos uma de 17 minutos para estragar tudo bem devagarinho. Lembrem-se: a «Sunday Morning» é a nossa pior canção. Estamos nos antípodas. Agora vendemos 30 cópias porque queremos e não porque o mundo se está a foder para um álbum dos Velvet Underground. Vamos chamar-lhe “White Light/White Heat”.



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