Luigi’s Mansion 3 – Análise
Uns sustos divertidos!
“Finalmente um!” – Isto é tudo o que tenho a dizer depois deste Setembro. É verdade malta… comigo, JRPG não rodam e o grande Link’s Awakening não foi o suficiente para colocar o passado mês na ribalta, no que toca a lançamento de jogos novos para a nossa adorada consola. Contudo, estamos cada vez mais perto – não só do Pokemon, que se espera ser um dos melhores, se não o melhor título do ano, por parte da Nintendo – desta pérola que agora vos vou falar: Luigi’s Mansion 3!

Infelizmente, aquando a saída da Nintendo Gamecube, não fui um dos felizardos a conseguir jogar o primeiro título desta saga assim que saiu. Porém, assim que consegui ter uma Nintendo Wii, um dos primeiros jogos da Gamecube que tive foi o Luigi’s Mansion, jogo esse que me tornou, quase imediatamente, fã da saga. A mesma coisa já não posso dizer do Luigi’s Mansion 2, uma vez que nunca testei o jogo mas, tudo indicava que este novo título desta tão grandiosa saga, não iria falhar. E acreditem, não falha!
Luigi e os seus amigos (três toad’s, Mario e Peach) começam a história por embarcarem numa viagem de férias, rumo a um hotel cheio de glamour e vida, capaz de captar a atenção da pessoa menos impressionável do mundo. Tudo está bem com os nossos amigos canalizadores, fazem-nos conhecer um pouco as instalações do hotel, ou pelo menos, parte dele, e depois, é hora de ir descansar para o quarto. Enquanto Luigi dormia, ouve um grito da princesa Peach e aí começa a nossa demanda para salvar os nossos amigos da gerente do hotel e do infame King Boo!

Para isso, Luigi vai precisar da preciosa ajuda do Professor E. Gadd, um expert em tudo o que seja fantasmas e espíritos sobrenaturais. Através das suas criações, Luigi terá acesso a uma quantidade limitada mas poderosa de “armas” para derrotar estas criaturas.
De pequenos fantasmas a bestas demoníacas (mas caricatas), Luigi terá de fazer tudo para conseguir recuperar e salvar os seus amigos derrotando estas mesmas criaturas, assim como, resolvendo pequenos puzzles, colecionando pequenas pedras preciosas em cada nível e, claro, aspirando tudo o que puder ser aspirado. Ninguém gosta de um sítio sujo!
Depois desta pequena introdução, vamos aos pontos principais do jogo:
Jogabilidade
O Luigi nunca foi tão fácil de manobrar dentro desta saga. Intuitivo e cheio de expressões que o caracterizam, seja através da sua expressão assutada à maneira divertida como anda, o nosso caça-fantasmas está carregado de várias formas de combater estes demónios. Para os apanhar, terá de os atingir com um raio de luz, seguido de uma aspiradela para assim o conseguir conter dentro do seu aspirador Poltergust-00. Mais para a frente, os nossos fantasmas também vão ficando mais difíceis de derrotar, com alguns a utilizarem certo tipo de objetos para dificultar a nossa tarefa, sejam eles, óculos de sol, escudos, etc…
Para além disto, o nosso aspirador não serve apenas para aspirar fantasmas. Apesar do mesmo ser útil para aspirar as pedras preciosas que já vos tinha falado, é também um excelente aliado a aspirar dinheiro: notas, moedas, barras de ouro e pérolas. Tudo isto vos irá ajudar na loja do Professor E. Gadd. Talvez possa, inclusive, tornar a viagem demasiado fácil, depois da compra do osso dourado, dando assim, ao jogador, uma segunda chance assim que este morre, voltando imediatamente, ao sitio onde morreu, após o golpe final.

Para adicionar ao nosso grande leque de novidades, temos ainda de falar sobre a mecânica principal deste jogo: Gooigi. Este slime em forma do Luigi ajuda o nosso aventureiro em tudo o que ele precise de fazer. Seja a derrotar bosses ou a ajudar num puzzle, particularmente, difícil, Gooigi estará lá sempre para ajudar. Se não for ele, o professor também está a um toque de distância. Façam o que fizerem, não tentem aspirar o vosso cão, ok? Ele é super querido e, embora seja um fantasma, faz muito mais do que pensam!
Visuais
Estava para fazer um tópico a parte a falar sobre certos bosses que se encontram no jogo mas, normalmente, deixo sempre as minhas reviews livres de spoilers e, portanto, vou deixar os Easter Eggs para vocês descobrirem. Tenho apenas a dizer que, se forem amantes da saga do Super Mario, vão adorar as alusões a alguns deles. Todavia, não é só de nostalgia que um bom boss nasce. Todos (mas quando digo todos, são todos) os bosses são extremamente elegantes, enquadrando-se no tema de uma forma super adequada mas nunca demasiado estranha para que qualquer pessoa possa jogar. Tema de terror e sustos não significa, forçosamente, que o jogo seja um “Amnesia – The dark descent ”.
Bosses, níveis, ambientes e a originalidade em cada um dos andares do jogo é inigualável a qualquer outro. A única coisa que parece ser daquele hotel é o elevador porque os níveis, parecem tudo histórias de um conto de fadas. Cada um deles. Para além disso, as músicas são devidamente atualizadas, de andar para andar, para ter a certeza que estamos com o ritmo certo para o desafio a enfrentar.
Com isto, dou como resumida a minha parte do single player, ou seja, com o modo história. Posso dizer-vos também que, para quem vem de um Link’s Awakening, este jogo é um pouco maior do que esse, pelo menos em termos de horas de jogo. No entanto, acredito que o tema e/ou objetivo do mesmo não agrade a todo o tipo de jogadores porque, tal como os jogos do Luigi são conhecidos (Luigi’s Masion, diga-se), não são, propriamente, difíceis de passar.
Quanto ao Multipalyer, comecemos pelo modo história. Sim pessoal, é possível fazer o modo single player em co-op e, provavelmente, é a forma mais rápida de passar o jogo uma vez que são duas pessoas com o mesmo objetivo em vez de ser apenas uma. Depois, temos o main event do online, o chamado Scarescraper mode, onde podemos juntar forças com jogadores de todo o mundo para combater os nossos fantasmas animados.
O objectivo é simples: a equipa terá um tempo limite para encontrar e aspirar todos os fantasmas daquele andar. Se forem bem-sucedidos, poderão ascender ao próximo andar. Se assim não acontecer, terão de repetir o nível. Um modo de jogo divertido e dinâmico, onde a chave para o sucesso resulta da entreajuda entre os jogadores para assim conseguirem, não só, encontrar os fantasmas mais rápido, ou então, salvar a pele uns dos outros em todas as armadilhas colocadas pelos níveis, sejam elas tapetes amaldiçoados ou portas que abrem contra nós.

Veredicto
Luigi´s Mansion 3 é um jogo que, apesar de não agradar a todo o tipo de jogadores, é um jogo excelente dentro do seu estilo e tema de jogo. Apesar de ser uma atividade um pouco repetitiva, nunca se torna aborrecida, acrescentando cada vez mais recursos ao longo dos andares para refrescar o gameplay. A profissão do Luigi nesta saga nunca foi tão divertida e original e, portanto, recomendo vivamente, para quem gosta da saga, desde o primeiro lançamento. Quanto aos jogadores novos, aqueles que agora estão a ser introduzidos ao mundo do Luigi, versão Ghostbusters, terão imensas horas de diversão, não só em multiplayer como em singleplayer. Por isso, se tiverem oportunidade, experimentem.
Prós:
- Fantasmas e Bosses muito originais (e, alguns, com uma pitada de nostalgia);
- Animações muito bem feitas e pensadas para cada personagem, desde o movimento das mesmas, à reação permanentemente assustada do Luigi;
- Visuais fantásticos com ambientes muito misteriosos e adequados ao tema em questão;
- Banda Sonora muito bem pensada e colocada em cada andar do Hotel;
- Multiplayer muito divertido e desenhado para um grupo de jogadores de todas as qualidades, desde que, claro, exista ajuda!
Contras:
- Possível facilidade extrema, através da compra de itens que tornam o jogo ainda mais facilitado – não aconselho a compra do osso dourado.
N.º de Porta:
8.5/10
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