Mais Cumpli(Cidades)
Dia 18 de Dezembro, tem lugar na discoteca Lux em Lisboa mais uma noite de música de dança tendo como cúmplices de serviço, Peter Kruder e Rainer Trüby.
As (Cumpli)Cidades do Lux, irão trazer a Portugal dois dos mais importantes nomes da electrónica mundial numa noite que promete muito.
Peter Kruder
Berço de grandes compositores de música clássica, como Mozart, Haydn e Schoenberg, a Áustria agora exporta música electrónica. Um dos maiores nomes desta nova vaga de músicos austríacos é Peter Kruder. É quase impossível falar de Kruder sem referir o nome de Richard Dorfmeister.
Juntaram-se no início da década de 90, numa altura em que o beat do hip-hop deixava de ser um exclusivo dos rappers e em que se começou a prestar uma maior atenção ao breakbeat que provinha das ilhas britânicas. A dupla austríaca, combinando uma ambiência downtempo com elementos hip-hop e acid jazz, estrearam-se com o EP “G-Stoned”,que ficou conhecido não só pelo som em si, mas também pela capa, ao estilo Simon e Garfunkel.
O impacto foi imediato, especialmente no Reino Unido onde a importação de música do continente Europeu é bastante apreciada. Uma das faixas do EP de estreia que fez mais sucesso, “High Noon” foi bastante utilizada em set´s de DJ´s bastante famosos como é o caso de Gilles Peterson. A partir daí, a história da dupla está bem documentada em várias compilações. Trabalharam com a Ninja Tune e com a Compost Records, remixaram diversos artistas como por exemplo Bones thugs & harmony, Rockers Hifi, Lamb, Roni Size e Depeche Mode e actuaram em centenas de clubes espalhados por todos os cantos do mundo.
A colaboração na compilação “DJ Kicks” da editora alemã K7, foi o ponto de viragem da opinião das pessoas sobre o trabalho do duo. Se antes da participação eram considerados como heróis de uma tendência mais “underground”, após a compilação, tornaram-se celebridades para os media e para a imprensa em geral, conquistando assim milhares de fãs por todo o mundo.
A constante presença em vários clubes por todo o mundo bem como o projecto Tosca (iniciado por Dorfmeister) e remixes de artistas como Madonna, fazem desta dupla uma das mais badaladas e consagradas da actualidade e um símbolo da música electrónica e de Viena.
Rainer Trüby
Rainer iniciou a sua carreira num projecto alemão de Freiburg, designado por “A Forest Mighty Black”. Através deste projecto tornou-se num dos maiores compiladores de temas da electrónica mundial e foi responsável por compilações para várias editoras: “Root Down 99” (Nuphonic), “Talkin Jazz 3”, com Gilles Peterson (Talkin Loud) e “The Brazilian flavoured Glücklich”, 5 volumes para a Compost Records.
Depois da separação do projecto onde estava integrado, iniciou o seu próprio na Compost Records em colaboração com Christian Prommer e Roland Appel; os Trüby Trio. O projecto baseia-se no jazz, house e drum n’bass, servindo-se da música brasileira e de sons mais latinos como pano de fundo. Desde a sua formação em 1997, os Trüby Trio colaboraram com nomes bastante relevantes como por exemplo Nitin Sawhney, Peace Orchestra e Bebel Gilberto até que finalmente surgiu o primeiro trabalho em nome próprio do projecto; “Elevator Music”. Desde a sua edição, os Trüby Trio têm-no apresentado um pouco por todo o mundo, tendo passado por Portugal na última edição do Festival do Meco.
Mas Rainer Trüby é principalmente conhecido pelas suas qualidades como DJ. Já teve a oportunidade de actuar em todos os eventos mais importantes do mundo e está presente mensalmente no seu clube “Root Down” em Freiburg na Alemanha, onde já passaram nomes como Gilles Peterson, 4 Hero ou Kruder & Dorfmeister. É bastante respeitado no Reino Unido onde está presente regularmente nos maiores clubes de dança. Gilles Peterson já o considerou como seu DJ favorito e já esteve nomeado para melhor DJ na Alemanha.
Uma semana antes da actuação desta dupla, irá ser possível presenciar também no Lux, a um DJ-Set do alemão Rajko Muller, também conhecido por Isolee. Natural de Frankfurt, este produtor alemão é o responsável por um dos melhores temas “house” alguma vez produzido: “Beat mot Plage”. O seu primeiro registo de originais foi bastante importante na definição dos novos caminhos da “House Music”. Muller é uma pessoa bastante isolada que não gosta de protagonismos e talvez seja por isso que consegue estar sempre um passo à frente dos outros produtores. Uma oportunidade única, dia 11 no Lux.
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