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Mão cheia de livros | Janeiro 2017

As primeiras 5 escolhas do ano.

Ano novo, livros novos, muitos livros. Eis algumas das escolhas da semana.

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Tida como uma das maiores apostas internacionais no campo do thriller, a britânica Lucie Whithouse é uma das novidades da editora Bertrand em janeiro. “Antes de te Conhecer” revelou-se num best-seller nos países onde já foi editado e tem como principais predicados um ambiente negro, invernoso, sublinhado por uma tensão ímpar. No epicentro da narrativa está Hanna, uma mulher independente e determinada que decide investigar sobre o estranho desaparecimento do seu marido e descobre coisas que levam a crer que afinal casou com um desconhecido. Da história de encantar que vivia, é transportada para um mundo de violência e medo. Mas será que os segredos de Mark se destinam a protegê-lo a ele ou a ela?

 

1540-1A Colômbia continua a ser um país misterioso, de incertezas e verdades que se vestem com muitas aspas. É com base nestas premissas que Juan Gabriel Vásquez nos faz regressar à Bogotá de 2014. Carlos Caballo é detido por tentar roubar de um museu o traje de Jorge Eleiécer Gaitán, líder político assassinado na capital colombiana em 1948, em plena guerra do Estado colombiano com os narcotraficantes. Carballo é um homem atormentado em busca de sinais que lhe permitam destrinçar os mistérios de um passado pelo qual está obcecado. No entanto, ninguém, nem as pessoas que lhe são mais próximas, suspeita das verdadeiras razões da sua obsessão. O que liga o assassinato de Gaitán, cuja morte partiu em dois a história da Colômbia, e o homicídio do presidente americano John F. Kennedy? Como pode um crime ocorrido em 1914 marcar a vida de um homem no século XXI? Estas são algumas das pontas soltas de “A Forma das Ruínas” (Alfaguara, 2017), um livro que leva Vásquez a debater alguns dos momentos e segredos mais obscuros do passado colombiano.

 

1540-1 (1)Outro dos títulos que mais expectativa tem gerado neste janeiro é “O Carrinho de Linha Azul” (Editorial Presença), da norte-americana Anne Tyler, vencedora do Pulitzer, uma saga familiar desde o período da Depressão até hoje. Para aguçar o apetite, eis a sinopse: «Abby Whitshank começa por contar a sua história de amor com Red, no verão de 1959. Os Whitshank, com os patriarcas Abby e Red, os seus quatro filhos e os netos, são uma típica família de classe média. Reunidos no alpendre parecem o retrato da felicidade, plenos de lembranças e a celebrar o passado que remonta aos anos 1920, com a chegada dos pais de Red a Baltimore». O leitor pode esperar uma amálgama de segredos, ciúmes e desapontamentos, guardados numa casa antiga que já albergou quatro gerações. Como um carrinho de linhas, esta história desenrola-se entre passado e presente, revelando a complexidade emocional desta família.

 

A Americana Que Queria Ser Rainha de Portugal“A Americana Que Queria Ser Rainha de Portugal” – A incrível história de Nevada Hayes, Mulher de D. Afonso, Duque do Porto” (Manuscrito), da historiadora Ana Anjos Mântua revela-nos a vida da norte-americana Nevada Hayes, a fria e calculista filha de um merceeiro que lutou com todas as suas forças para perseguir o sonho de uma vida melhor. Pelo caminho, trabalhou em Washington e Nova Iorque, casou por amor e por interesse, teve um filho que abandonou, viveu em França, Itália, viajou por países exóticos, divorciou-se duas vezes e viu-se envolvida em vários escândalos. O seu nome fez correr tinta na imprensa, nomeadamente quando conseguiu casar com D. Afonso, apesar da recusa e indignação de D. Manuel, último rei de Portugal, então no exílio em Inglaterra. Tornara-se finalmente duquesa do Porto, princesa de Bragança. Através de uma investigação cuidada, a autora traz-nos um romance empolgante sobre esta extraordinária mulher, que se transformou ao longo da vida para se tornar uma das figuras mais admiradas e faladas pela imprensa internacional e pela aristocracia europeia da época.

 

1540-1 (3)Terminamos as sugestões da semana com um policial. Depois de “Segredos Obscuros” e “O discípulo”, a dupla Michael Hjorth/Hans Rosenfeldt faz-nos chegar “O Homem Ausente” (Suma de Letras), terceiro tomo da saga Sebastian Bergman. Somos assim transportados para as montanhas de Jämtland, na Suécia, local onde foram encontrados seis corpos. Mais precisamente, seis esqueletos, dois deles de crianças. E para Sebastian Bergman, que viaja para o local do crime com o resto da equipa do Departamento de Investigação Criminal, estes factos só tornam ainda mais complexa a investigação sobre quem são, quem os matou e porquê. No início, Sebastian vê o caso como uma hipótese de escapar da ex-namorada e passar algum tempo com a filha, Vanja. Uma oportunidade para tentar construir uma relação com ela antes que seja tarde demais. Mas rapidamente descobre que está mais envolvido no caso do que gostaria de estar.

 



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