MEO Marés Vivas 2023 | Dia 2 (15.07.2023)
Celebrar no feminino com toque latino
Segundo dia do festival gaiense contou com Cláudia Pascoal, Carolina Deslandes & Bárbara Tinoco, mas também com Pablo Alborán e J Balvin.
Depois de um primeiro dia esgotadíssimo, a segunda leva de Marés Vivas, já sem chuva, poderia perfeitamente conferir uma tarefa difícil para as senhoras que se seguiram. O segundo dia do certame começou novamente em português com Cláudia Pascoal a colorir o antigo Parque de Campismo da Madalena no arranque do fim de semana.
Num sábado solarengo, Cláudia Pascoal divertiu, contagiou e surpreendeu… também na música mas, sobretudo, nos convidados: a dada altura chamou a palco Marante e cantou os parabéns ao cantor de música popular portuguesa, tão bem conhecido do povo portuense.
Os dois cantaram «Onde Vais Amanhã», do álbum da gondomarense, mas a apoteose só se completaria com a inevitável «A Bela Portuguesa», hit obrigatório em qualquer festa de aldeia com os Diapasão. Foi o suficiente para montar o festival. Hora de beber um Beirão e seguir com o baile!
O rosa continuou depois disso, embora menos néon, com Carolina Deslandes e Bárbara Tinoco num palco, decorado com nuvens que pareciam feitas de algodão doce. A dupla menos improvável da música portuguesa conhece-se bem e isso nota-se ao vivo – e não estamos a falar da roupa a condizer. Ao contrário do que pudesse parecer na “luta” de bonecos de arcada que seguia no ecrã ao fundo, em que versões feitas de poucos bits das protagonistas se digladiavam numa luta virtual, as duas bandas e as duas discografias “casam” bem e quase parecem uma extensão uma da outra.
O resultado é harmonioso e deixa antever o potencial de colaborações futuras – este foi só o segundo concerto do género (antes tínhamos visto o mesmo no Alive), mas não deve ser o último, a julgar pelas juras de amor e amizade que a dupla partilhou em cima do palco e, a posteriori, nas redes sociais.
«Foi Por um Triz», «Sei Lá», «Antes Dela Dizer Que Sim», «Chamada Não Atendida» ou «A Vida Toda» foram naturais destaques, ou já não fossem sucessos naturais a solo para cada uma delas. Esperamos por próximos capítulos desta amizade musical que ainda vai dar muito que falar em tempos futuros!
No entretanto, Pablo Alborán marcava a estreia dos artistas internacionais no palco principal do Marés Vivas, este ano. O cantor espanhol veio apresentar “La Cuarta Hoja”, o seu sexto álbum de estúdio, lançado no final do ano passado, naquele que foi o seu primeiro concerto em Portugal desde 2019 (Campo Pequeno).
Num concerto ameno (e que muitos aproveitaram para comer e beber), «Perdoname» foi, claramente, o êxito mais sonante. Alboran abriria caminho para a estrela maior da noite, J Balvin, que, recorde-se, passou pelo Primavera Sound Porto antes da pandemia.
Ao contrário do colega de palco que lhe precedeu, Balvin não tem êxitos novos para apresentar, mas há antigos para desfiar, como «Mi Gente» ou «Reggaeton», o estilo que foi rei no encerramento deste segundo dia. Pelo meio, todas as parcerias que Balvin foi colecionando nos últimos tempos, como «Con Altura» (sem Rosalía), «Contra La Pared» (sem Sean Paul) ou «I Like it» (sem Cardi B). A noite acabaria ao som de «Ritmo (Bad Boys for Life)», já abrir caminho para o dia seguinte e os Black Eyed Peas.
Reportagem do dia 1 aqui e do dia 3 aqui.
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