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Marvel vs. Capcom: Infinite | Análise

Combate viciante!

Lançado no passado dia 19 de Setembro, temos desde então perdido várias horas pelo seu modo de história, assim como pelos combates para um só jogador e, claro, no modo multijogador. No entanto, Infinite chega com uma séria pressão causada pelo sucesso dos lançamentos anteriores que sempre moveram fãs a longos e competitivos torneios e que ainda hoje são consagrados por isso mesmo. Estará este jogo à altura dos antecessores?

O impacto da escolha artística de Marvel vs. Capcom: Infinite salta logo à vista e nem sempre é positivo. A direcção artística abordou este jogo num estilo que tenta conjugar um aspecto hiper-realista, exagerado nas musculaturas das personagens, com alguma semelhança aos mais recentes títulos na série Street Fighter, com uma tonalidade mais cartoon. O resultado, embora funcione em algumas personagens e momentos, é quase sempre estranho durante as cinemáticas do modo de história. E já que falamos nele, meia dúzia de horas serão mais do que suficientes para arrumar a campanha que conta a história sobre como o universo Marvel e o universo Capcom entraram em rota de colisão. No final, depois de jogar com todas as persoangens do elenco de Marvel vs. Capcom: Infinite, está Ultron Sigma à nossa espera.

A história não é brilhante, mas tem alguns momentos geniais como é disso exemplo o épico combate entre Ryu e Hulk. O elenco possui várias personagens novas e que trazem uma lufada de ar fresco à série como Gamora, a Captain Marvel e Jedah de DarkStalkers, mas também várias que regressam e que já se assumem como residentes em Marvel vs. Capcom como Strider Hiryu, Ryu, Chun-Li, Hulk, Ghost Rider ou o Capitão América para dizer apenas alguns. Outras personagens como o Black Panther ou a Hunter de Monster Hunter terão de ser obtidas através de DLC, apesar de aparecerem em momentos do modo história. Os fãs mais hardcore vão ainda sentir falta das personagens clássicas dos X-Men como o Wolverine, o Cyclops ou o Magneto.

Ao nível do combate, Marvel vs. Capcom: Infinite introduz algumas alterações à fórmula habitual na série, começando logo pela hipótese de, em conjunto com a hipótese de selecção de duas personagens para a nossa equipa, podermos ainda escolher uma Infinity Stone que introduz uma componente estratégica bastante interessante na jogabilidade. Cada pedra possui o seu poder especial que permite usar vários tipos de ataques como pequenos misseis, ataques que absorvem a vida do inimigo ou a hipótese de nos esquivarmos mais rapidamente consoante aquela que escolhamos. Ao usarmos estes ataques, vamos preenchendo a barra de Infinity que, quando cheia, permite despoletar uma Infinity Storm. Também aqui cada uma das pedras terá um efeito diferente e que vai desde o aumento da escala do Hyper Combo, à limitação dos movimentos do inimigo e até à recuperação de pontos de vida das nossas personagens. Tudo dependerá do estilo de jogo preferido por cada jogador, sendo que existem seis Infinity Stones para escolher.

As duas personagens que usamos na nossa equipa podem alternar facilmente durante o combate, algo que facilita brutalmente a combinação de ataques entre ambas. Algumas mecânicas foram ainda introduzidas para facilitar a chegada de jogadores pouco habituados aos jogos de luta. Falo-vos das mecânicas auto combo e easy hyper combo que permitem, por exemplo, que ao continuadamente repetirmos o uso do botão do light punch, a nossa personagem vá fazendo uma combinação de ataques com base nessa tecla. Um pormenor interessante e que acolhe bem os novos jogadores, embora os jogadores mais experientes não devam encontrar tanto uso para esta nova vertente introduzida neste novo título.

Para além do modo de história, Marvel vs. Capcom: Infinite oferece ainda aos jogadores um modo de treino, com várias missões em que podem melhorar as suas capacidades antes de entrar no modo Arcade, no modo multijogador local para dois jogadores, e no modo multijogador online. A grande novidade do modo online é a introdução da Beginners League que permitirá aos recém chegados lutar contra jogadores com uma capacidade parecida à sua, sem que porventura possam apanhar os jogadores mais experientes e que lhes retire a motivação para continuarem a jogar.

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A jogabilidade em combate de Marvel vs. Capcom: Infinite é exímia e viciante, e o seu modo de história, apesar de não ser brilhante na narrativa, tem vários momentos épicos que agarrarão o jogador ao comando. Mesmo sem algumas personagens clássicas da série a picarem o ponto, o elenco é rico o suficiente para agradar a todos os gostos. Este é provavelmente, ao nível da jogabilidade, o melhor jogo de luta de 2017 e, sem dúvida, aquele que melhor introduz os jogadores novos às suas mecâncicas. Se este é o teu género, tens de experimentar!



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