Meo Marés Vivas 2016 |Dia 3 (16-07-2016)
O dia dedicado à família
Para o último dia a organização do Marés Vivas reservou a família. Rui Veloso e James são parte da família nortenha que encaixilha o festival, um por nascimento, outros por afinidade.
Os desempenhos de Beth Orton e Tom Odell, do agrado do público presente, prepararam os ânimos para uma noite quase canónica à beira Douro, com «Lado Lunar», «Paixão», «Chico Fininho» e muitos outros temas a banharem-se no mar de gente que animava o Cabedelo.
Rui Veloso deu um concerto forte, sentido, dos melhores que deu nos últimos tempos, opinião partilhada pelo público que se manifestou claramente. Apesar de ser em Gaia, foi um Porto Sentido que se fez sentir. As letras de Carlos Tê, intemporais e brilhantes, estão gravadas em cada português, são parte integrante dum universo cultural que dificilmente será esquecido e a dupla que fazem com a música de Rui Veloso deixam a fasquia muito alta para os novos fenómenos da música portuguesa. O público do Marés é apenas mais um prova deste sentimento de pertença.
James deram entrada em palco com o Hino Nacional, uma bandeira portuguesa como pano de fundo e uma presença como só Tim Booth consegue. A dança psicadélica, a voz e a familiaridade com o público causaram um certo caos, sentido nas primeiras filas da assistência e ainda no pitt da imprensa. Com a sua ida para o lado do público, fãs e fotógrafos desdobraram-se em esforços, levando a segurança a um estado de stress aumentado que em nada se verificava no vocalista. Booth estava em casa e quando estamos em casa o que nos rodeia é nosso.
Wilson Honrado terminou a noite da despedida apresentando um set com temas que o grande público domina e aprecia, deixando mais uma vez a marca da Rádio Comercial num festival por eles apadrinhado.
Fotografia: Andreia Filipa Cardoso (Spoon Eyes) e Fernando Miguel Santos (Spoon Eyes)
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