Micro Audio Waves
No próximo dia 24 de Novembro, uma das bandas portuguesas mais completas invade o túnel. A entrada é gratuita. Vamos?
São uma das bandas portuguesas mais completas. Aliam um evidente sentido pop a um bom gosto musical de prazer menos imediato, de nova descoberta a cada audição. Em vésperas de editarem o quinto álbum de originais, os Micro Audio Waves aterram na estação Rua de Baixo, na Baixa-Chiado PT Bluestation, para provarem uma vez mais o porquê de serem um dos colectivos portugueses mais reconhecidos lá fora. Os 9 anos da Rua juntam-se aos 12 dos Micro Audio Waves. Dia 24 de Novembro, pelas 21h00. A festa está garantida, é grátis e bem jeitosinha. Vamos?
Se quiséssemos impressionar, diríamos que os Micro Audio Waves (MAW) receberam prémios internacionais concorrendo ao lado de nomes com grande projecção mediática, ou que foram o único grupo português alguma vez apadrinhado por John Peel, ou ainda que Tony Visconti, produtor de David Bowie, ficou muito impressionado quando os viu tocar em Lisboa e mostrou interesse em trabalhar com eles. Tudo isso é verdade e fica bem nas biografias, mas os Micro Audio Waves respondem por si próprios antes de puxarem dos galões. São uma das bandas portuguesas mais importantes do momento e comungam de uma tendência global que não gosta de limitar a sua criatividade com rótulos. Preferem investigar a possibilidade de os baralhar.
Os Micro Audio Waves surgiram da paixão de C.Morg e Flak pela electrónica experimental. O primeiro álbum – “Micro Audio Waves” – é um disco exploratório, feito de clicks & cuts e música de dança cerebral. Cláudia Efe, teve uma discreta participação no disco mas, ao ser desafiada a cantar ao vivo, acabou por se revelar uma peça fundamental do puzzle.
“No Waves”, o segundo álbum, lançado em 2004, foi um disco de ruptura que colocou o grupo a par de correntes internacionais que acreditavam no experimentalismo mas não desdenhavam a pop. Foi com este disco que os MAW chegaram ao Festival Sónar e a John Peel, que os colocou na sua lista de melhores do ano na BBC Radio One. Os Quartz Awards (patrocinados pelo jornal Le Monde) elegeram-nos em Paris como melhor álbum e melhor videoclip, contra candidatos como Vitalic, Murcof ou The Books. O reconhecimento e uma agenda de concertos preenchida (que os levou a festivais em cidades como Londres, Paris, Barcelona, Groningen ou Praga) serviram para estimular a sua veia criativa.
Em 2007 ressurgem com o terceiro e mais apurado álbum da sua carreira – “Odd Size Baggage” – que cruza a electrónica de laboratório com canções pop, dub, ritmos dançáveis, drama cibernético e muita música sem nome mas com emoção. Em 2008, são novamente nomeados para os Qwartz Awards, em Paris, onde conquistam o galardão para melhor música com «Longue Tongue».
Em 2009 surpreendem com uma colaboração ímpar com o coreógrafo Rui Horta. O espectáculo multimédia “Zoetrope” percorreu as principais salas portuguesas, bem como várias salas no estrangeiro, com um enorme sucesso. No final desse ano, lançaram a edição em CD/DVD do mesmo espectáculo.
Para o início de 2013, preparam a edição do quinto registo discográfico de originais.
Não é de mais referir. Já este sábado, dia 24 de Novembro, estão na Baixa-Chiado PT Bluestation. O concerto é gratuito e começa pelas 21h00.
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