Misty Fest 2015

Misty Fest 2015

Mistify me, you, them, everybody

Para a sua 6ª edição, o Misty Fest aposta novamente no formato que começou a ser desenvolvido em 2012. Nesse ano, partindo daquele que tinha sido o seu berço, Sintra, o Misty começou a espalhar os seus sons por outras localidades e respectivas salas de espectáculo.

Comecemos pelos números da edição do Misty 2015: 6 cidades, 9 artistas, 9 salas, 18 concertos. A música bela vai chegar a imensos recantos entre dia 1 e 14 de Novembro.

O festival arranca no próximo Domingo, com uma estreia absoluta em solo português: a actuação de Iron & Wine, na sala lisboeta do Tivoli BBVA. Sam Beam apresentar-se-á a solo e em acústico, imagem que nos remete para o início da carreira do seu projecto, em que sussurrava uma folk mais despojada, e que a partir de “The Sheperd’s Dog” ganhou contornos adicionais, incluindo alguns tiques de psicadelismo. Fará até sentido que Sam Beam recorde o passado, dado que este concerto chega no ano em que lançou um disco com canções que tinham ficado retidas no arquivo.

Esta actuação será replicada no dia 2 na Casa da Música do Porto.

No dia 4, sobe ao Pequeno Auditório do CCB Dom La Nena, para um concerto único no Misty Fest. A artista brasileira irá estrear ao vivo o seu novo trabalho de estúdio, “Soyo”.

A candura obscura das composições de Dom La Nena, que têm na sua voz e no seu violoncelo os seus destaques, irá certamente encantar o auditório, num concerto que reflecte plenamente a palavra Misty.

Nessa mesma noite, mas no Coliseu do Porto, brilhará Mayra Andrade, trazendo de volta os ritmos e o calor cabo-verdiano aos palcos nacionais, após um período de ausência, durante o qual aproveitou para calcorrear o mundo. Mayra deslocar-se-á no dia seguinte ao CCB e no dia 7 ao Centro de Artes e Espectáculos da Figueira da Foz, para tentar matar-nos definitivamente as saudades.

Os Dead Combo são os senhores que se seguem no CCB, dia 6 de Novembro, fazendo-se desta feita acompanhar pelas Cordas de Má Fama, que vão ser tocadas pelo trio Carlos Tony Gomes no violoncelo, Bruno Silva na viola de arco, e Denys Stetsenko no violino.

No altar do Grande Auditório celebram esta união amaldiçoada pelos fantasmas da capital perante as testemunhas que certamente os vão brindar com mais uma casa cheia em Belém.

Nessa mesma noite, mas no Pequeno Auditório, são desbravados os caminhos jazzísticos de Maria Mendes, que tem granjeado fama além-fronteiras. A portuense decidiu convidar a renomeada clarinetista norte-americana Anat Cohen, que conferirá ainda mais curiosidade a um concerto já de si apetitoso.

Igualmente no dia 6, o Misty Fest estreia o Teatro Municipal de Vila do Conde, onde o maestro Rui Massena é desafiado pela organização a explorar o piano, desta feita sozinho em palco. Ele que está habituado a partilhá-lo com as orquestras que conduz.

Esta aventura ocorrerá também no Teatro Aveirense, no dia 14 de Novembro.

O dia 6 leva sons misticistas também a Aveiro, pela mão de Mísia, que repetirá a dose no Cinema São Jorge durante a última noite do festival.

São dois serões nos quais o disco duplo “Para Amália” prestará mais uma vez homenagem à voz maior do fado, o qual Mísia dividiu entre fados tradicionais e outros reconstruídos ao piano.

Dia 7, no CCB, chega a vez do aclamado e multi-galardoado Lenine, que traz na bagagem o seu oitavo disco de originais, lançado este ano. Será portanto um concerto que usará “Carbono”, o mais recente disco, como ponto de partida para efectuar uma viagem pelos outros trabalhos e temas mais reconhecidos do músico brasileiro.

O show ecoará igualmente na Casa da Música, no dia 10.

Novembro não é apenas o mês de regresso da Cinematic Orchestra a Portugal; é também a data para o lançamento do novo disco da banda, oito anos depois de “Ma Fleur”. Tal como o nome indica, o imaginário da banda liderada por Jason Swinscoe movimenta-se no léxico das bandas-sonoras cinematográficas. Bandas-sonoras essas que a Cinematic Orchestra, ao longo do seu palmarés, inclusivamente já regravou ou imaginou, visto que “Ma Fleur” mais não é que score para um filme que não existe. Dia 7 em Braga, 8 em Lisboa e 9 no Porto.

É com este suculento cardápio que o Misty Fest abraça outra vez um mapa cada vez mais alargado de Portugal, permitindo a que um maior leque de auditórios possam desfrutar e deixar-se encantar por um rol de artistas e bandas subliminarmente ligados à palavra que dá nome ao festival.



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