MLX N.50 | Dia 1
A 50ª edição da ModaLisboa celebrou o ciclo da criação e foi com a apresentação das coleções Outono/Inverno dos novos talentos que se deu início ao primeiro dia do evento.
Federico Cina, um dos jovens talentos que se deu a conhecer pela primeira vez na ModaLisboa, deu arranque aos desfiles do Sangue Novo com a coleção que exprime a sua infindável vontade de liberdade criativa e, simultaneamente, a necessidade de se proteger do mundo exterior. Assim, destacam-se os sobretudos com formas oversized e as cores primárias.
Inês Nunes do Valle apresentou “I’m in the Wrong Joke” que reflete a problemática da sociedade hipertexto vivida nos dias de hoje. O vermelho, o azul e o cinzento são as cores chave da proposta da designer.
“Fake it until you Make it” foi o nome dado por Opiar, uma dupla de designers – Artur e Vera – à sua coleção que faz uma sátira ao uso dos social media atualmente, que se traduzem cada vez mais pelo “parece” e o “faz parecer”. O mote espelha-se no choque entre a linguagem romântica e o estilo desportivo, que representam o paradoxo entre o que mostramos que vivemos e o que realmente vivemos.
Frederico Protto inspirou-se numa viagem a Montevideo, no Uruguai, a sua terra natal. Uma viagem que despertou uma reflexão entre os conceitos origem e destino e que se materializou em peças com uma grande carga espiritual e nas quais a pele de vaca foi a principal matéria prima.
A criação da dupla “N’a Pas de Quoi” deu origem a “Ophelia”, uma homenagem a uma das personagens femininas mais marcantes da história. Silhuetas lânguidas, camadas de tecidos e a sua fluidez são alguns dos pormenores de uma coleção que transporte Ophelia para o mundo contemporâneo.
O desfile de Sangue Novo termina com Isidro Paiva a apresentar “Beauty of Misfit” em tons branco, verde militar, titanium, antracite, verde oliva e castanho avelã.
Nesta edição o vencedor do Prémio ModaLisboa foi Filipe Augusto e foram, ainda, atribuídas duas Menções Honrosas a Frederico Protto e a Rita Sá. O Prémio “The Feeting Room” foi atribuído a Inês Nunes Do Valle, que dá a oportunidade à designer de ter a sua coleção à venda na loja que dá nome ao prémio. Rita Sá foi a vencedora do Prémio FashionClash selecionada pela direção do Festival de Moda Holandês para representar Portugal.
Integrada na Plataforma Lab, Carolina Machado apresentou “Passionate” que contou uma história de amor moderna, na qual o conceito de casal surge renovado através do tempo e do espaço. Silhuetas cintadas que transmitem feminilidade e tons neutros que espelham sobriedade corrompida pelos tons fortes de vermelho e fúcsia.
A coleção de Duarte intitulada “Prohibition” transportou-nos para os anos 20 com silhuetas inspiradas em Art Deco e cores como o sangue de boi, verde escuro, verde água, champanhe, cinzento e azul marinho.
Aleksandar Protic inspirou-se na personalidade da atriz Theda Bara – The Vamp e criou peças que pretendem transformar em femme fatale todas as mulheres que as vestirem. Uma coleção na qual o preto foi a única cor que se materializou em diversos materiais como lãs, sedas e algodão.
A noite acabou com Morecco que deu vida à passerelle com uma rave na qual exibiu as suas criações. Cores ácidas e uma mistura de materiais que carregam de energia e personalidade cada peça.
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