MODALISBOA BOUNDLESS | DIA 1
A 48ª edição da ModaLisboa Boundless, dedicada ao outono-inverno 17/18, realizou-se de 9 a 12 de Março no Centro Cultural de Belém. Uma localização diferente para uma edição que pretendia desafiar os limites da criação individual e explorar as várias formas de pensar a geografia da moda e das artes em rede nos tempos modernos.
A velocidade do mundo é determinada pela nossa capacidade de adaptação e pela ânsia de construir algo novo. A realidade que inspira atualmente os criadores nacionais já não é a mesma que os inspirava há 25 anos atrás e a maior prova disso são os novos talentos que a cada edição atravessam a passerelle do Sangue Novo.
Os oito os criadores emergentes selecionados para integrar o concurso Sangue Novo foram: Rita Carvalho, João Oliveira, Mariana Laurência, Liliana Afonso, Rita Afonso, Alexandre Pereira, Micaela Sapinho e Carolina Machado. E os grandes vencedores da noite foram João Oliveira, vencedor do Prémio ModaLisboa, com “Society”, uma coleção que visa explorar o comportamento dos indivíduos nas mais variadas paisagens contemporâneas e Rita Afonso, vencedora do Prémio Fashion Clash, com a coleção “Sou Jarra, mas eu grito” que pretende homenagear todos os gritos das mulheres ao longo da história.
A inaugurar a plataforma LAB desta edição esteve a coleção “Freakball” de David Ferreira. A base da coleção está relacionada com o filme “Freaks” (1932), no livro “Freak Show” de Roben Bogdan, “The Victorian Freak Show” e no trabalho do fotógrafo, Joel-Peter Witkin. No entanto, a coleção não pretende espelhar de modo literal as deformidades humanas e raridades biológicas, mas sim a beleza da singularidade, da individualidade de não se enquadrar no estereótipo da sociedade “normal”. Um jogo de volumes criados por folhos, godês, modelagem e pelo de carneiro da Mongólia alisado manualmente e uma paleta de cores fortes e marcantes que variam entre o azul meia-noite, azul pálido, amarelo chartreuse, turquesa e fúchsia.
Ricardo Preto encerrou o primeiro dia da ModaLisboa Boundless com uma coleção cujo ponto de partida são os verdadeiros modernistas, os fundadores da Bauhaus e todas as expressões artísticas das décadas que os mesmos influenciaram. Silhuetas geométricas, tons escuros como o preto, os azuis, o verde azeitona e o musgo, conjugados com os tons ocre e alfazema são o contraste e o movimento entre o clássico e o moderno.
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