Murcof
A electrónica contemporânea mexicana visita Portugal.
É mexicano, nasceu em Tijuana e tem no seu nome a palavra “Corona”. Caricato? Apenas coincidência. Murcof aka Fernando Corona é um dos maiores nomes da electrónica contemporânea e visita Portugal este mês. As actuações estão agendadas para dia 27 de Janeiro no Passos Manuel (Porto) e no dia seguinte na Galeria Zé dos Bois (Lisboa).
Depois de ter explorado diversas variantes do techno no seu anterior projecto, Terrestre, Fernando Corona mergulhou num minimalismo emocional com Murcof, onde conseguiu alcançar o reconhecimento mundial. Com dois discos de originais editados e um álbum de remisturas (com algumas raridades), o músico mexicano tornou-se num dos maiores compositores de música contemporânea da América do Sul, respeitado e aclamado por todo o mundo.
Definir o som de Murcof não é uma tarefa fácil. O músico consegue encaixar, numa estrutura electrónica minimal, sonoridades de diferentes instrumentos (piano, guitarra, etc), criando um ambiente denso, completamente original, explorando ritmos e nunca antes experimentados.
A sua viagem enquanto Murcof começou em 2002 com o lançamento de “Martes”, o disco que originou uma grande digressão por todo o mundo, tendo actuado em festivais de enorme importância na cena electrónica mundial como é o Sónar em Barcelona. Para além dos discos, o músico colaborou em diversas bandas sonoras, tendo sido nomeado para os “Diosa De Plata” (os Óscares do México), devido ao seu trabalho para o filme “Nocotina”, dos mesmos produtores de “Amores Perros”.
Depois de, em 2004, ter editado “Utopia”, um disco de remisturas e raridades, Murcof regressou aos originais no ano passado com “Remembranza”, que veio consolidar a sua posição na cena electrónica mundial. Como no seu antecessor, são os pormenores que criam a obra, conseguindo elaborar um fio condutor de tremenda originalidade e eficácia. Neste disco, o silêncio é também um instrumento. As pausas e mudanças rítmicas estão colocadas nos sítios certos, criando uma atmosfera enigmática e bastante interessante.
Este novo trabalho do mexicano servirá de mote para as suas duas actuações em Portugal. No dia 27 de Janeiro estará no Passos Manuel no Porto acompanhado de Zentex e no dia seguinte na ZDB em Lisboa, onde também actua Phoebus.
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