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Nair Xavier: Os tons de Ramsés na Baixa Pombalina

Com Nair Xavier contactamos diretamente com a mais remota das pirâmides de Gizeh, do Nilo, do deserto e dos seus oásis e abrimo-nos ao mundo com o mais tonal dos sóis, encostados a uma duna e de mão dada com as estrelas.

Podemos andar perdidos no centro da globalização, a alinhavar conversas sobre planetas, guerras, religiões, dinheiro, poder e doenças. Enfim, o tédio habitual para quem não se liberta da segurança dos tons escuros do universo que cada um tem ou merece, nos seus blusões de napa ou no fato cinzento. As nossas ruas, mesmo no Verão, ainda estão presas aos tons neutros base de uma vida regrada imposta pelos séculos de privação e de má vida. Não muito longe dos desertos de África perdemos a alegria de dar as mãos aos homens de Alcácer Quibir, perdemos um religioso, ganhámos um mito adoentado com neblinas e nevoeiros matinais mas não assumimos que lidámos de mãos dadas com a África, berço da alegria.

A energia genuína da estilista Nair Xavier reuniu os tons característicos de Ramsés, na EXTINTO, em plena Baixa Pombalina

E é fácil vestirmos aqueles tons do ermo, da aridez dos desertos africanos com a vibração dos tempos mais remotos da civilização egípcia entretanto desaparecida. Renascida nas rua de Lisboa com um possível Ramsés vestido de macacão em tons fortes e geométricos estabelecendo uma ordem na vastidão intensa do Verão.

Assim, a proposta de Nair Xavier para o Verão passa por unir os neutros aos tons fortes mediados por padrões geométricos por macacões inspirados nos utilitários com sedutores tecidos. Os homens poderão sentir a fonte das energias da cultura egípcia, saborear o tom do exótico, exibindo a magia de um Faraó do quotidiano. Além dos fatos e macacões as sandálias são o toque mestre para nos libertamos totalmente em tons da luz egípcia.



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