Need For Speed: Rivals

NFS: Rivals | Análise

Será esta a entrada que marca o fim da tão longa série Need for Speed, ou será que temos aqui um exemplo de como deve ser feito um título de carros capaz de dar um verdadeiro significado à expressão Next-Gen?

Tendo acompanhado toda a série desde os seus primórdios, confesso que não me tenho sentido atraído pelos últimos títulos de Need for Speed. Talvez tenha voltado a sentir algo em 2010 com a chegada de Hot Pursuit, já pelas mãos da Criterion Games, o mesmo estúdio que nos trouxe Burnout. Need for Speed: Rivals apresenta-se como a vigésima entrada na série e desta vez o pessoal da Criterion conta com o estúdio Ghost Games para os ajudar a revitalizá-la. Será esta a entrada que marca o fim da tão longa série Need for Speed, ou será que temos aqui um exemplo de como deve ser feito um título de carros capaz de dar um verdadeiro significado à expressão Next-Gen?

De facto o mundo de Need for Speed está mais vivo do que nunca e Rivals é sem dúvida uma experiência que não podem deixar de lado. O estúdio Ghost Games consegue oferecer-nos uma cidade, mais uma vez ao estilo open-world, onde as pistas e os cenários são deslumbrantes e sempre cheios de vida. O grafismo é sem dúvida a primeira coisa que salta à vista ou não fosse o Frostbite 3 (utilizado no Battlefield 4) o motor gráfico deste título. Tanto o modelo dos carros como a cidade onde toda a acção se desenrola apresentam um nível de detalhe incrível, o que nos transmite uma imensa vontade de pisar a fundo o acelerador. No entanto este é um título que deve ser jogado em altas velocidades e aí consegue ser mais impressionante. É sem dúvida gratificante percorrer e ficar a conhecer todo o mapa de Need for Speed: Rivals a velocidades estonteantes em que as folhas voam sobre o nosso carro, onde atravessamos florestas e até mesmo montanhas com curvas apertadas e visibilidades traiçoeiras para o olho destreinado. Isto claro, para não falar do estado do tempo que é dinâmico e imprevisível, tanto pode estar sol como podemos estar debaixo de chuva e relâmpagos. Os cenários são como disse deslumbrantes e o nível de detalhe enorme, assim a mínima distracção para os apreciar pode ser fatal e culminar num literalmente fantástico acidente capaz de nos fazer dizer OUCH… e dar umas valentes gargalhadas.

Need For Speed: Rivals

Neste título podemos alternar, sempre que quisermos, entre duas campanhas, ou dois modos de história. Cada uma com os seus veículos e objectivos a cumprir. Se escolhermos o lado das corridas, temos como principal objectivo escapar à polícia enquanto que no lado da lei temos de imobilizar (dê por onde der) todos os participantes de corridas. Ao nosso dispor temos um vasto leque de engenhocas chamadas Pursuit Techs que podemos utilizar para nos ajudar. Minas, ondas de choque, EMPs, escudos electrostáticos, outras que atrofiam o sistema eléctrico de outros carros, espigões, bloqueios de estrada, podemos até chamar helicópteros, se estivermos claro do lado da polícia. A escolha é grande e vai sendo desbloqueada à medida que vamos jogando. É também perfeitamente normal que achem tudo isto algo surreal. Um facto é que confere a Rivals um estilo quase arcade e que se torna ainda mais aliciante quando jogamos com amigos e desconhecidos, onde tudo vamos fazer para nos vermos livres deles ou para os mandar para fora da pista.

No que toca a jogabilidade falemos primeiro da nossa principal ferramenta, os veículos. Cada facção tem uma vasta gama de carros de luxo para desbloquear. Cada um, claro, tem as suas características, daí que uns sejam mais fáceis, ou não, de manobrar. No entanto, não se preocupem porque todos eles conseguem transmitir uma incrível sensação de velocidade e liberdade. Os modos de jogo, ou eventos como aqui são chamados, são também vários e cada facção tem os seus. No lado da polícia temos por exemplo o já conhecido Hot Pursuit, onde temos o objectivo de impedir que um determinado número de condutores chegue ao fim de uma corrida. Basicamente os eventos vão cair dentro da premissa oferecida por cada facção o que torna a cidade de Redview um campo de batalha entre a polícia e os velocistas rebeldes.

Need For Speed: Rivals

Este título introduz também um novo sistema de interacção social chamado AllDrive. Isto permite-nos estar sempre acompanhados por outros jogadores, cada um com a facção que desejar e quando desejar, claro. Jogar com amigos e até mesmo com desconhecidos oferece uma experiência mais real e gratificante, imaginem que estão envolvidos em perseguições altamente velozes e onde o vosso trabalho de equipa é crucial ou para capturar os vossos adversários ou escapar ao, afinal não tão longo, braço da lei. Claro que não precisam de estar sempre online, se quiserem experimentar este título no modo Single Player, basta ir ao menu de opções.

Online ou offline contra a inteligência artificial, contra amigos ou contra desconhecidos, Need for Speed: Rivals é sem dúvida uma experiência que não podem deixar de lado. Corridas a velocidades  frenéticas sempre dinâmicas, e intensamente imprevisíveis numa cidade cheia de vida, não há nada que vos faça parar. O estúdio Ghost Games conseguiu sem dúvida surpreender tudo e todos dando a Need for Speed uma nova vida. Esta nova geração não podia arrancar de melhor forma e ficamos bastante curiosos com o futuro desta série que, sem dúvida, se mostra promissor.



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