NOS Alive! 2015 | Antevisão

NOS Alive! 2015 | Antevisão

Como agradar a gregos e a troianos

Existe alguma receita que permita agradar a todos? A gregos e a troianos? A vários tipos de fãs de música? Ao pessoal mais mainstream, aos hipsters, ao pessoal da electrónica, do R’nB, aos fãs de novas bandas e bandas de garagem ou até da comédia? É bem possível que sim e é isso que este ano o NOS Alive! se propõe a fazer de uma forma, por ventura, ainda mais vincada nesta edição.

O NOS Alive! é um festival que respira música desde o momento em que se entra no recinto pelo imponente pórtico, onde há sempre uma banda a actuar até cerca das 21h. Para os mais dados à gargalhada, o palco Jardim Caixa terá um série de propostas de stand-up onde se destaca o grande Herman José ou o único e excelso Manuel João Vieira, cantor, artista plástico e ex-candidato à presidência da república entre muitos outros talentos e qualidades.

Mas o NOS Alive! ainda celebra a música acima de tudo, por isso aqui fica um pouco daquilo que podem ver e ouvir pelo Passeio Marítimo de Algés.

Se foram um dos sortudos a conseguir comprar um bilhete para dia 9, o primeiro dia, então a probabilidade de o terem feito para ver os Muse é elevada. Ainda para mais há “Drones”, acabadinho de sair e para ser apresentado. Mas há mais no palco NOS. Há os alt-J, que há dois anos rebentaram com o palco secundário – literal e figurativamente -, tal a massa humana que movimentaram. Ben Harper quererá provar que ainda é pertinente num País onde foi (é?) muito amado. A armada inglesa deste primeiro dia fica completa com o James Bay e os The Wombats que devem querer mostrar que são mais do que apenas a banda que nos coloca a dançar ao som dos Joy Division.

Alguns metros atrás, no palco NOS Clubbing, dançar é a palavra de ordem com os X-Wife (com álbum novo quase a rebentar) e um já quase omnipresente Tiga a liderar o cartaz do dia.

Se andarmos mais alguns metros, chegamos àquele que é tido por muitos como o melhor palco do festival, o Heineken. E pode ser que não estejam de todo enganados. Ora vejam… Os Young Fathers são ingleses, tem um personalidade muito própria, uma atitude frontal e um álbum de estreia que lhes valeu o Mercury Prize de 2014 (é quase crime não os ver…). Flume integra uma vaga recente de talento australiano que não deixa ninguém indiferente. No “ninguém” encontram-se nomes como Arcade Fire, Chet Faker ou Junior Boys. Jessie Ware é mel para os olhos e ouvidos. Charme e beleza em estado puro e uma das melhores vozes do R’n’B britânico dos nossos tempos. Vai repetir presença no festival e desta vez num palco realmente à sua medida. Os Django Django e os Metronomy regressam a um palco onde já foram felizes no passado. E por todos estes motivos temos muitas e boas razões para sairmos completos do Passeio Marítimo de Algés.

No dia 10, no palco NOS, os Blasted Mechanism vão provar que ainda estão vivos mas os nomes realmente fortes e que vão mover as massas são os Mumford & Sons e os Prodigy (aproveitem porque já não devem andar pelos palcos muito mais tempo). No Clubbing não vai haver muito tempo para descanso. Acreditem. A sério… Skip & Die, Capicua, Batida e Moullinex. Só para dizer alguns nomes. Chega? OK!

No Heineken depois do luxo que o dia 9 propõe, o dia 10 não podia ficar atrás. E não fica, em especial na recta final do dia: Kodaline, Future Islands (quem nunca viu Samuel T. Herring em palco que se prepare para uma experiência única de contornos épicos), Roísín Murphy é uma das nossas irlandesas preferidas e deixa-nos sempre com o coração cheio cada vez que a vemos, e esta ocasião não será, com toda a certeza, uma excepção. A fechar o palco está James Blake e isso é garantia de um concerto intenso mas não menos intimista. São dois adjectivos que parecem antagónicos quando os colocamos num contexto musical mas não menos verdadeiros quando falamos neste inglês.

No último dia do festival, o palco NOS irá celebrar a pop e o rock em todo o seu esplendor. Os Counting Crows vão fazer com que muitos saudosistas saiam da casca. O Sam Smith encarregar-se-á de derreter muitos corações. O Chet Faker vai continuar a provar porque tantos o adoram e os Disclosure serão responsáveis por colocar muitos e largos milhares a dançar, já no final da noite. No Clubbing, o propósito de colocar tudo e todos a dançar mantém-se e será atingido com toda a certeza: Alex Metrix, Miss Kittin, Erol Alkan e Étienne De Crécy. Só os nomes merecem respeito.

No palco Heineken vamos ter o dia mais eclético de todos mas não pensem, nem por um momento, que isso será sinónimo de menor qualidade. Os Dead Combo vão mostrar porque são uma das mais originais bandas nacionais. Os Flight Facilities vão assegurar os primeiros passos de dança da noite naquela zona do recinto. Os Mogwai vão provar (mais uma vez) porque são enormes, por entre teclados e paredes sónicas desenhadas pelas suas guitarras. A Azealia Banks trará o rap norte-americano ao palco Heineken e os Chromeo vão acabar aquilo que os Flight Facilities terão começado ao pôr toda a gente a dançar. A fechar o festival no palco Heineken teremos um pedaço de história, um regresso ao passado, que dá pelo nome de The Jesus & Mary Chain.

Nós, como sempre, apenas queremos sair do Passeio Marítimo de Algés de coração cheio e sorriso idiota na cara e temos tudo para isso…

Conheçam aqui os horários completos da edição 2015 do NOS Alive!



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