NOS Primavera Sound 2017 | Antevisão (08.06.2017)

NOS Primavera Sound 2017 | Antevisão (08.06.2017)

O Parque da Cidade, no Porto é, muito provavelmente, um dos locais mais bonitos e agradáveis para fazer um festival, a par do anfiteatro natural de Paredes de Coura, um pouco mais a norte, e está quase na altura de lá voltar. É já a partir do próximo dia 8 de Junho e durante os dois dias seguintes.

Se é verdade que são poucos os concertos agendados para dia 8, também não é menos verdade que este é o dia em que podemos ver tudo, sem ter de andar a “correr” de um palco para o outro. E podem ser poucas as bandas que vão subir aos dois palcos que vão funcionar neste dia, mas o ecletismo será a palavra de ordem.

Os Cigarettes After Sex são o exemplo perfeito de como a escola dos Mazzy Star e dos Slow Dive continua a dar os seus frutos, sendo que estes últimos ainda há pouco lançaram um álbum novo em que conseguem afirmar de forma peremptória que o Shoegaze se está a reinventar nesta década, depois de tere ressuscitado.

De Samuel Úria podemos esperar – com toda a certeza do mundo – uma “Carga de Ombro”. Numa altura em que o mundo parece ter “despertado” para o português como língua cantada, da forma mais improvável possível. A palavra cantautor assenta-lhe que nem uma luva e Úria vai mostrar as maravilhas que as nossas palavras conseguem fazer e os sentimento que conseguem despertar em cada um de nós, se combinadas da forma correcta.

Haverá Flying Lotus que conta com nomes como Snoop Dog, Kendrick Lamar, Angel Deradoorian ou Thundercat no seu álbum “You’re Dead!”, de 2015; numa fusão arrojada de hip hop com jazz e R’nB. Quer pronunciem Justice com sotaque inglês ou com sotaque francês, em ambos os casos o resultado vai ser o mesmo: dançar ou pelo menos levantar o(s) pé(s) do chão, mesmo que apenas durante a «We Are Your Friends».

A colaboração entre Rodrigo Leão e o australiano Scott Matthew continua a surpreender-nos. O pretexto chama-se “Life Is Long”, editado o ano passado. Um álbum onde a mestria de Leão como compositor se combina de forma perfeita com a voz de Matthew. E aquilo que poderá ser uma surpresa para muitos, será com toda a certeza, apenas uma confirmação para outros.

Miguel é tido como um dos expoentes máximos do R&B contemporâneo e cantado no masculino, a par de Frank Ocean (deixemos o Prince de fora neste contexto). Percebemos isso quando escutamos “Wildheart”, editado em 2015, já com a chancela da RCA e que lhe garantiu o merecido reconhecimento, que solicitações de nomes tão variados como Hudson Mohawke ou Santana, só vêm comprovar.

Os Run The Jewels vão trazer a mensagem política, profundamente enraizada nas palavras que debitam e com Donald Trump como o alvo a abater.  Vai ser um regresso muito saudado ao Parque da Cidade, com o novo “LP3” para apresentar, e depois de um enorme concerto no Palco ATP na edição de 2015.

Sexta é que começa a sério.



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