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O Super Bock em Stock de 2021

Os dias 19 e 20 de Novembro, daqui a pouco mais de um mês, marcam o regresso à Avenida e zonas limítrofes.

Confesso que sabe bem voltar a escrever estas notícias. Dá uma sensação de regresso tempos anteriores muito agradável, mas sempre com a ideia de que as coisas não voltarão a ser exactamente como dantes.

Os dias 19 e 20 de Novembro, daqui a pouco mais de um mês, marcam o regresso à Avenida e zonas limítrofes. Serão 10 os espaços que irão receber os mais de 50 artistas previstos. A matriz, essa segue sólida (e ainda bem!); uma mescla de valores seguros, com outros emergentes, nacionais e internacionais.

Num festival como o Super Bock em Stock, a descoberta ganha uma importância forte, por isso é mais do que justo percorrermos os nomes já conhecidos por ordem alfabética, e não pelo tamanho que as letras ocupam no cartaz.

Em Acácia Maior pontificam os nomes de Henrique Silva e Luis Firmino, com Cabo Verde no ponto de fuga que traça um cenário bem vincado nas tradições, mas que ao mesmo tempo não se coíbe de estender a outros estilos. Por isso não se admirem se a viagem vos levar do Reggae ao Zouk, da Morna à Mazurca, do Hip-Hop ao Funaná.

Benny Sings é o nome de palco de Tim van Berkestij, compositor,  produtor e artista de Amesterdão. Nas suas canções o pop é central mas o alcance é longo, por isso não estranhem referências às décadas de 70 e 80, como ao R&B que se fazia ouvir na de 90. O mais recente álbum, o oitavo, de seu nome “Music”, conta com participações de nomes tão variados como Cautious Clay, Mac DeMarco ou KYLE.

Os Black Country, New Road são dos projectos mais entusiasmantes saídos das ilhas britânicas (e olhem que têm sido alguns a aparecer por aí). Seis amigos com formações diferentes, clássica nalguns casos e quase autodidata noutros resulta numa fusão que soa única, sem cortar amarras com um passado rico. Aqui o jazz e o post-punk são irmãos e o klezmer e spoken-word abraçam-se.

Por vezes somos confrontados com duos improváveis. David & Miguel poderiam ser um desses casos mas depois percebemos que era algo que na realidade estava destinado, que seria apenas uma questão de tempo até acontecer. Depois da memorável passagem pelo Preço Certo, segue-se o Super Bock em Stock, onde quem ainda não conhece, poderá deixar-se embalar por «Interveniente Acidental» ou «Inatel». Como não amar?

Com os Django Django dançaremos. Aqui não são precisas grandes apresentações. É que somos velhos conhecidos, nós e estes ingleses irreverentes que disco após disco nos continuam a surpreender.

O luso-sueco Filipe Karlsson traz-nos o seu pop despretensioso,  atravessado por um groove, que exige palco e atenção para desfrutar, porque a música esteve fechada em casa e no estúdio demasiado tempo.

Há pouco tempo alguns tiveram a oportunidade/privilégio (escolham a palavra que preferirem) de poder assistir a um concerto a solo de Elias Bender Rønnenfelt, vocalista dos dinamarqueses Iceage, na Igreja de St. George, ali junto ao Jardim da Estrela em Lisboa. Eis agora que chega a oportunidade de ver a banda completa a mostrar (mais uma vez) que chavões como “o rock está morto” são idiotas. Na bagagem trarão com certeza o mui celebrado “Seek Shelter”, que contou com Peter Kember (Sonic Boom, Spacemen 3) na produção.

Nos tempos que correm conseguir fazer um mapa musical de Londres  seria uma tarefa hercúlea, quase ingrata, dada a enorme quantidade de projectos de relevo que por ali vão surgindo. Lava La Rue, surge em representação da zona oeste, mais precisamente de Ladbroke Grove. A jovem de 22 anos tem na sua música um reflexo do cruzamento de culturas que acontece na capital inglesa: punk, hip hop, jazz, britpop e até sons mais pesados. Esta ausência de fronteiras e limites apanha também as letras que escreve, cruas e sem qualquer pudor ou problema em apontar dedos.

Leo Middea é um carioca com Lisboa no coração. E é dessa inspiração que a sua música brota. “Vincentina” é o álbum que propõe descobrirmos e que já foi razão para uma conversa da Rua de Baixo com o artista há alguns meses atrás e que podem ler aqui.

Miraa May nasceu na Argélia mas vida conduziu-a a Londres e é a partir daí que espalha a sua mensagem ao mundo. Cada canção é um ensaio. Uns podem colocar-nos um sorriso no rosto e outros nem tanto. Outros haverá que nos vão teimar em arrancar uma lágrima.

Moullinex b2b Anna Prior. Se Moullinex já dispensa apresentações, a Anna Prior para lá caminha. A baterista dos Metronomy actualmente radicada em Lisboa e já é presença regular no circuito nacional. Este b2b será a oportunidade ideal de ver dois amigos a desafiaram o seu conhecimento musical para nosso gáudio, enquanto dançamos.

Narciso, Vasco Narciso. É formado em guitarra jazz pelo Hot Club e pelo conservatório de Amsterdão. No currículo conta com o projectos Hammond Crash, a improvisação do Vasco Duo e algumas bandas sonoras para filmes e instalações. Mas é o seu mais recente projecto, Narciso, que junta mais três elementos, que o trará ao Super Bock em Stock, e que funde jazz, pop e rock com um cariz mais indie.

A representação londrina tem continuidade com o NiNE8 Collective, um colectivo de criadores fundado em 2016 e composto por jovens artistas, músicos, rappers e demais criativos, da moda às artes visuais, sempre com ligação directa à cultura britânica de cariz mais underground.

Nena, é mais um nome no panorama nacional que clama por atenção, com destaque para «Portas do Sol», que conta com a produção de João Só.

Priya Ragu traz-nos o seu R&B com raízes no Sri Lanka, onde ecos de danças e mantras de cânticos religiosos que se fazem escutar em ruas do sul da Ásia. Depois de alguns singles, eis que chega a mixtape de estreia, “damnshestamil”, naquele que é um convite para nos voltamos a reunir todos, depois de demasiado tempo afastados.

Dos Sports Team espera-se algo memorável. É daquelas bandas que em pouco tempo criou a fama de fantásticos performers em palco, combinando de forma muito particular o brit pop com o rock americano com cariz mais alternativo, impregnado pela juventude que por ali predomina. Guitarras ao alto!

Stckman é Nuno Espírito Santo, com trabalho de produção em música e moda. Com Kyle Quest, seu colaborador regular, irá trazer ao palco o álbum de estreia “stckman”, onde pontifica um pop electrónica, salpicada aqui e ali com house e r&b. Eis Stckman w/ Kyle Quest!

Tomás Wallenstein, apresenta-se a solo ao piano, para apresentar um conjunto de versões de outros autores, compositores ou poetas, num momento que se pretende não só de aprendizagem, mas também de partilha.

Rhian Teasdale e Hester Chambers, são as Wet Leg. Em comum, partilham a paixão por guitarras e amor e devoção por The Ronettes, Jane Birkin ou Ty Segall. Tudo a partir da Ilha de Wight. Há muito por descobrir aqui.

O bilhete único válido para os dois dias do Festival encontra-se já à venda nos locais habituais, e custou 40€ até 15 de outubro, passando para 45€ a partir daí em diante  e para 50€ nos dias do Festival.



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