Os Jogos da Fome: Em Chamas
Quem brinca com o fogo…
Numa trilogia, o segundo filme constitui o maior desafio. Tem ele de ser coerente com o primeiro filme, desenvolve-lo, dar-lhe profundidade e ao mesmo tempo criar interesse e expectativa para o terceiro. Nessa perspectiva, este Hunger Games: Catching Fire, cumpre absolutamente a função e a forma como encerra, desperta a vontade de assistir o mais rapidamente possível o terceiro filme (mesmo para quem já leu os livros de Suzanne Collins).
A história arranca exactamente onde o primeiro filme acabou, Katniss (Jennifer Lawrence) e Peeta (Josh Hutcherson) sobreviveram e são para todos os efeitos, os vencedores da 74ª edição dos Jogos da Fome. No entanto, para que continue a existir paz em Panem, é necessário que o romance entre Katniss e Peeta seja credível. Coisa que o todo-poderoso Presidente Snow (Donald Sutherland) sabe não ser real, mas apenas uma farsa que Katniss urdiu para salvar a sua vida e a de Peeta.
Ciente da possibilidade de insurreição caso o povo venha a saber da fraude cometida por Katniss e Peeta, Snow faz um ameaçador acordo com vencedora dos jogos. Fica claro então que Snow vai usar a popularidade do casal para pacificar os corações e adormecer os estômagos dos habitantes dos doze distritos, servindo eles de atracção/embaixadores de esperança, para todos os que a já perderam.
Uma espécie de gaiola dourada, em forma de um comboio em perpétua digressão pelos distritos de Panem.
Todo o plano depende no entanto de uma história de amor convincente entre os dois campeões…o que pode não ser fácil, em virtude dos sentimentos que Katniss continua a nutrir por Gale Hawthorne (Liam Hemsworth).
Mas, uma complexa cadeia de eventos, leva a que Snow e o novo Chefe dos Produtores: Plutarch Heavensbee (Philip Seymour Hoffman), convoquem todos os antigos campeões para a 75ª edição dos Jogos da Fome, onde Katniss e Peeta, terão novamente que lutar pelas suas vidas, numa arena ainda mais cruel e perigosa.
Um degrau acima do primeiro filme, este Hunger Games: Catching Fire, é um filme de acção inteligente e viciante de tal forma envolvente, que nem se notam os 146 minutos de duração…
O elenco é superiormente reforçado por nomes como: Philip Seymour Hoffman, Jeffrey Wright e Amanda Plummer, que convenhamos, enriquecem e muito o filme.
A mudança de realizador (Gavin Ross realizou o primeiro filme) foi benéfica para a saga, sendo Francis Lawrence, mais eficaz na transposição para o ecrã da realidade opressiva e totalitarista expressa nos livros da trilogia.
Temos assim um filme que consegue ser simultaneamente mais dark e dinâmico que o anterior.
Os últimos trinta minutos do filme então, são capazes de provocar calafrios até àqueles que já conhecem a história.
Em chamas….De facto!
Sai com um Satisfaz Bem!
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