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“Otelo”

Um punhal para trazer de volta o amor.

Assim nos trouxe o Teatro Nacional de São João, “Otelo”, obra de William Shakespeare, como cabeça de cartaz, “tragédia de excelência”.

Numa narrativa que se inicia na plateia, indicando desde cedo o quão próximos estes personagens se encontram das nossas próprias vidas. Sempre com uma pitada de amor, ciúme e obsessões naturais.

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Vemos mulheres oprimidas, por manipulações de pares frustrados, mulheres que asfixiam por ideias afiadas, sangram por venenos mentais.

Não há palavras, sentimentos ou lenços que as salvem, quando o nosso Herói Mouro só acredita na materialidade.

Discernimento e promessas que se perdem… Obras do diabo, que não morre, é acorrentado.

Nem vos vingueis de mim. Falai então

De quem não soube amar e muito amou

Um abandono amoroso crescente na peça, por não querer ver, por apenas observar reflexos.

Luzes que sobem e descem, espelhos que transformam homens e mulheres em criaturas deformadas, aterradoras… Julgo ser esse o resultado quando o amor é virado do avesso e sacudido aos demais como um objeto plástico e sintético.

Estou perdido, mas amo-te e quando não te amar regressará o caos

 

FICHA ARTÍSTICA

De William Shakespeare

Tradução e versão cénica: Daniel Jonas

Encenação, cenografia e figurinos: Nuno Carinhas

Desenho de luz: Nuno Meira

Desenho de som: Francisco Leal

Assistência de encenação: Sara Barros Leitão

Interpretação: António Durães, Diana Sá, Dinarte Branco, Joana Carvalho, João Cardoso, Jorge Mota, Maria João Pinho, Paulo Freixinho, Pedro Almendra, Pedro Frias

Produção: TNSJ

Fotos: TNSJ



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