Paredes de Coura 2004
Serenata à chuva ou o triunfo da armada lusitana? O relatório completo de uma semana de música.
Na História dos eventos musicais de verão nacionais, a entrada Festival Optimus Paredes de Coura 2004 terá sempre um lugar muito especial na memória dos resistentes melómanos que sobreviveram aos cinco dias de dilúvio. Nós fizemos parte deste conjunto de enregelados e ensopados mas felizes incautos que guardarão para sempre a recordação de uma viagem musical emocionante e inesquecível.
Independentemente da excelência do cartaz musical que serviu de mote ao evento – que assentou arraiais pelo décimo segundo ano consecutivo na praia fluvial do Tabuão – a edição de 2004 fica indistintamente assinalada pelas adversas condições climatéricas que surpreenderam e colocaram à prova todos os intervenientes. Se dúvidas havia em relação ao culto fomentado ao longo dos últimos anos em torno do acontecimento musical da pacata localidade minhota, tudo foi desfeito este ano face à intrépida resistência dos festivaleiros, organização e demais participantes.
Frio, chuva e lama foram o acompanhamento por excelência de quem degustou os deliciosos manjares sonoros servidos no palco principal e no Auditório Municipal. Isto porque tudo o resto foi-se desenrolando a moderada velocidade e com muitas alterações à mistura. O inédito palco “songwriters” não passou de uma miragem esporádica e logo no dia de recepção não resistiu à inundação, remetendo o alinhamento dos restantes finais de tarde para o escaparate principal. Pelos mesmos motivos, o Jazz na Relva foi circunscrito às quatro paredes e ao piso sintético (ainda que verde e farfalhudo) do Auditório Municipal de Paredes de Coura. Os percalços não ficaram por aqui e nem a programação da proposta After-Hours ou mesmo dos workshops de percussão escaparam ilesos. Mas não se pense que os revezes da natureza conseguiram arrefecer o divertimento e os ânimos dos militantes “festivaleiros” que invadiram o recinto natural da praia fluvial do Tabuão de 16 a 20 de Agosto. Contra tudo e contra todos, nada nem ninguém conseguiu parar o Festival Optimus Paredes de Coura 2004.
Dia 0 – A vitória da chuva
Com o início das hostilidades entregue aos quase desconhecidos Los de Abajo e aos Magnus – que é como quem diz: a dupla CJ Bolland (disc-jockey e produtor) e Tom Barman (o mesmo que passou pelo palco do último festival Optimus Sudoeste a 8 de Agosto dando voz aos dEUS, e recentemente deu a conhecer a sua faceta de cineasta através da película Any Where the Wind Blows (Para Onde o Vento Sopra) -, a abertura das portas do Festival Optimus Paredes de Coura no dia 16 esperava-se calorosa e que funcionasse como um pré-aquecimento para a jornada dos quatro dias “oficiais” de festival. Ainda que longe dos dias quentes de verão geralmente associados ao mês de Agosto, o arranque ameno do chamado dia de recepção ao campista não fazia prever a sucessão de testes à condição física e psicológica que lhe sucederiam.
Perante a ameaça eminente de chuva denunciada pelo cinza das nuvens que cobriam o céu, de facto, o atraso do concerto dos mexicanos Los de Abajo em cerca de uma hora não era o que mais assustava a audiência que já começava a ficar pintada de impermeáveis e guarda-chuvas. Com um prenúncio tempestuoso no horizonte, pouco depois das doze badaladas o palco era tomado inesperadamente pelo DJ set de C J Bolland e Tom Barman, constando-se que os Los de Abajo teriam tido problemas com o vôo. Durante mais de duas horas nos pratos dos Magnus rodaram sonoridades tecno e house, com esboços de MC a cargo do líder Barman. O público vibra e sente-se no ar a excitação inerente ao arranque de um acontecimento que promete doses generosas de adrenalina.
Por volta das três horas da madrugada, os Los de Abajo aterram no recinto de Paredes de Coura com uma actuação contagiantemente dançável, polvilhada de ritmos latinos com repescagens rock. No entanto, a chuva parece querer resgatar para si todas as atenções, impedindo que a prestação do colectivo mexicano ultrapasse os 30 minutos de duração.
Dia 1 – Cocktail de glamour
O cinza continua a dominar o horizonte. As tendas molhadas, as roupas ensopadas, o lamaçal e as casas de banho (inacreditavelmente) ainda relativamente limpinhas (com direito a sanitas de verdade, autoclismo e até limpeza frequente) são as imagens que ficam da área do campismo.
A primeira proposta musical do dia é da responsabilidade dos Wishful Thinking Quartet, que com as suas trilhas sonoras criadas por saxofones, megafone, piano, tuba, baixo e bateria, inauguram o cartaz do Jazz na Relva transposto para o Auditório Municipal local.
Ao arranque “oficial” dos grandes concertos no palco Optimus, antecedeu a actuação das Cocorosie, as cantautoras que estrearam o novo cardápio de final de tarde do festival minhoto, denominado de songwriters. Inicialmente estava previsto funcionar num palco mais pequeno, mas efectivamente foi reencaminhado sempre para o palco principal (tal como alguns dias do After-Hours) devido às condicionantes climatéricas. As irmãs Bianca e Sierra Cassady, Cocorosie, tiveram a árdua tarefa de combater a toada nebulosa ambiental, e, começar o espectáculo frente a pouco mais de duas dezenas de pessoas. Acompanhadas de um MC francês – que se destacou pela sua extraordinária capacidade de reproduzir ritmos com a boca – e pelo hype da folk Devendra Banhart, as Cocorosie abriram as portas do seu universo melodioso e apresentaram um alinhamento assente essencialmente no repertório de originais editado este ano: La Maison de Mon Rêve.
Com a chegada dos Arrested Development estavam lançados “oficialmente” os dados. O hip hop e a soul foram a palavra de ordem na estreia em território nacional do colectivo liderado pelo MC Speech, que anda nestas lides desde os distantes anos 80. Pouco mudou desde então, e se o esforço em palco teve bons resultados, o espectáculo só por si nem sempre basta.
A primeira desilusão da noite houvera sido noticiada no dia anterior anunciando a substituição dos promissores escoceses Snow Patrol (devido a uma questão de saúde relacionada com a banda) pelos portugueses Bunnyranch. Querendo contrariar o estigma implícito à nacionalidade, a banda rock Coimbrã liderada pelo baterista Kaló, muniu-se dos temas do disco de estreia “Trying To Lose” e provou estar à altura do imprevisto ensejo a que foi incumbida.
O blues rock ou o anti-rock e anti-blues (como repetidamente é catalogado) dos Blues Explosion, agora sem o nome do líder Jon Spencer a preceder a denominação, sentiu-se como uma primorosa rajada sonora que abala os mais incautos e convence os mais cépticos. Do passado ao futuro, a carreira do trio norte-americano é recapitulada e antecipada através de alguns excertos retirados do novo trabalho de originais com edição prevista para breve. Coerência e virtuosismo continuam a sobressair nos concertos da banda nova-iorquina.
Também da capital norte-americana vem o glamour, a diversão e a sedução dos Scissor Sisters. Depois da simpática passagem pelo auditório improvisado do Lux em Lisboa, o circo aterrou no pacato município de Paredes de Coura e as cinco personagens saídas dos cabarets nova-iorquinos não só não defraudaram as expectativas como mostraram que mais que o espectáculo é a música que os move. Ana Matronic e Jake Shears estiveram incansáveis no apelo à audiência que resistia à chuva incansável. Um encore, muito pouco esperado pela organização mas muito aplaudido pelos resistentes, encerrou uma noite onde ainda estava prevista a actuação dos Culture em regime After-Hours, mas mais uma vez a chuva fez das suas e o cancelamento foi a solução encontrada.
Dia 2 – De volta a 1972 …
No meio é que está a virtude, costuma dizer-se… O conceito pode não estender-se a todos os momentos musicais da quarta-feira do festival, mas não faltaram efectivamente virtuosas prestações. A previsão meteorológica no terceiro dia da maratona musical nortenha começava por traçar um panorama não muito risonho. Ainda assim, o início das festividades anunciou-se com raios de sol no exterior e foi um Auditório repleto de público que acolheu o Jazz na Relva do Bernardo Sasseti Trio. O prodigioso pianista fez-se acompanhar pelo contrabaixista Carlos Barreto e pelo baterista Alexandre Frasão, dedilhando melodias com precisão sem descurar o espaço à espontaneidade.
De regresso ao recinto da praia fluvial do Tabuão, o sogwriter do momento – Josh Rouse – tem à sua espera um caloroso mas diminuto aglomerado de fãs. É impossível ficar indiferente à doce voz do autor de Love Vibration e Come Back. Por momentos Paredes de Coura esqueceu-se da chuva e da jornada nefasta dos últimos dias e deixou-se embalar na viagem paradisíaca sugerida pelos melodiosos sussurros pop com inspirações rock e folk, que só não são êxitos retumbantes devido a desígnios que deverão pertencer à mesma categoria que faz com que Josh apenas se faça acompanhar na Europa pelo teclista e guitarrista Curt Perkins (sim, questões financeiras!). Os temas do último longa-duração – 1972 – foram as faixas mais aplaudidas e em palco, Josh Rouse, comprovou que a genuinidade e a simplicidade podem ser tão emocionantes quanto o mais radical dos feitos.
A noite do rock veterano começou a traçar-se com a entrada em palco das “bonecas de Braga” introduzidas pela voz do líder dos Mão Morta, Adolfo Luxúria Canibal. Com vestidos e perucas a reflectir uma amálgama estética difícil de identificar, o concerto da banda bracarense preferiu uma abordagem mais em jeito de best of, assinalando o mais recente álbum apenas através dos temas “Gnoma” e “Vertigem”.
A reunião de três sobreviventes da mítica banda de Detroit (Michael Davis, Wayne Kramer e Dennis Thompson) foi celebrada na prestação dos DKT/MC5, com Mark Arm (Mudhoney), Nicke Royale (Hellacopters) e Lisa Kekaula (Bellrays) a completarem a actual formação. Sem surpresas, os dinossáurios fizeram a recapitulação da matéria dada e apregoaram-na praticamente da mesma forma que a ressuscitada armada The Doors se arrasta pelas salas de espectáculo de todo o mundo. Não foi mau, mas há certas bandas que mais vale guardar a sua recordação do passado.
Nota-se na banda do ex- Queens of the Stone Age, Nick Oliveri, uma ausência qualquer. O heavy rock de canções repetitivas e sem uma emoção que lhe valha, faz dos Mondo Generator um projecto algo instável que se salva em disco mas não detém a solidez necessária ao vivo. O mesmo não se pode dizer dos pesos pesados do heavy metal eleitos para encerrar o terceiro dia.
Os Motorhead de Lemmy Kilminster mostraram em Paredes de Coura como continuam próximo do estereótipo “alive and kicking”, metralhando com cerca de 18 canções, entre as quais as incontornáveis “No Class”, uma versão de “God Save the Queen” e “Ace of Spades”, a plateia enregelada e sujeita a mais um dispensável dilúvio.
Com muitos desistentes entre a multidão, a programação After-Hours de dia 18 de Agosto teve na actuação dos LCD Soundsystem provavelmente o melhor espectáculo deste roteiro paralelo. James Murphy e companhia puseram tudo a mexer à sua volta com o seu rock-eléctrico-psicadélico contagiante. Quem lá esteve não deu certamente o seu tempo por mal empregue. Com o relógio prestes a marcar as quatro da manhã, os Dezperados dão início ao seu frenético DJ set segurando um considerável número de festivaleiros longe das tendas.
Dia 3 – O furacão Furtado
No quarto dia, as baterias voltam a estar apontadas para a montra rock’n’roll na sua forma ainda mais cristalina. O temporal amainou e um tímido astro solar volta a mostrar o ar da sua graça.
Os guitarristas Jorge Coelho e Alexandre Soares, juntam-se ao baterista Nuno Souto e concretizam a experiência musical que dá pelo nome de Tenaz – o porta estandarte do Jazz na Relva (sintética) no quarto dia de festividades. Sabe-se que esta foi “a primeira apresentação de uma versão a 3 da Tenaz”, um projecto sem discos editados e que ao vivo vai beber constantemente à improvisação. Pela amostra, em disco não se espera menos que sortilégios de destreza instrumental.
Um ultra entusiasta Mark Eitzel (líder dos American Music Club) sorri, fala pelos cotovelos (interrompendo mesmo alguns temas para devaneios diversos) e canta como se este fosse o último dia do resto da sua vida. O songwriter de serviço na quinta-feira, 19 de Agosto, é um caso insólito de tímido trapalhão que tenta comunicar com o seu público e não sabe muito bem como. O nervosismo não afecta de forma alguma a sua impressionante voz que arrebata e deslumbra sem piedade.
O concerto dos Wraygunn, que teve honras de abertura do alinhamento “oficial” do palco principal na noite de quinta-feira, foi simplesmente brilhante! É um lugar comum bem sei, mas Paulo Furtado é mesmo o mais exímio animal de palco nacional e quando se junta ao colectivo Wraygunn a simbiose é perfeita. Desde o machado manobrado pelo percussionista a marcar o ritmo do tema inicial, a sintonia do coro gospell, a voz de Raquel Ralha associada à de Furtado e naturalmente os notáveis temas do disco Eclesiastes 1.11 fazem da apresentação ao vivo da banda de Coimbra (provavelmente) o ponto alto deste festival.
Depois do furacão Furtado, era à voz rouca de Mark Lanegan e à sua “band” que competia conservar os ânimos ao mais alto nível. Ainda antes da hora marcada, o senhor ex-Screaming Trees marca presença no palco Optimus, trazendo na bagagem os seus discos a solo e o primeiro registo em estúdio – Bubblegum – creditado enquanto Mark Lanegan Band. As atmosferas sombrias insinuadas pelo seu timbre cavernoso traçaram rumos tão intensos quão pacatos, deixando uma sensação de espaços por preencher, quase desconfortável.
Com mais um concerto precipitado por uma antecipação de alinhamento face às condições climatéricas, seguiu-se mais uma agradável surpresa: os The Kills, compostos pela vocalista W (Alison Mosshart) e pelo guitarrista Hotel (Jamie Hince). A dupla anglo-americana depois de duas falsas partidas devido a problemas técnicos com a caixa de ritmos, largou as amarras e concretizou uma impetuosa e energética lição de garage punk com inspirações indie rock. É inevitável associar a voz e o estilo da vocalista a Pj Harvey, assim como não podemos dissociá-los do retro rock ressuscitado pela vaga de bandas norte-americanas entre as quais se inclui os cabeça de cartaz da noite: Black Rebel Motorcycle Club.
O elemento água que já quase tinha sido esquecido nas últimas horas, volta em força para rematar uma noite premiada por excelentes actuações. Ainda que a disparidade qualitativa entre o primeiro e o último álbum seja um factor a ter em conta, isto não basta para explicar o facto de o rock da banda de São Francisco não funcionar tão bem ao vivo quanto seria de esperar. Se Love Burns, Whatever Happened to My Rock n’ Roll ou o encore com Red Eyes and Tears não deixaram vivalma indiferente, nas entrelinhas identificam-se desequilíbrios que dão origem a consequentes quebras de ritmo. Quase apetece dizer: Whatever Happened to Your Rock n’ Roll?. O saldo dos Black Rebel mantêm-se ainda assim positivo, mas deixa-nos a sede de um concerto mais bem conseguido.
De regresso ao palco secundário, que deveria ser partilhado com a legião de Sogwriters de final de tarde, as sessões After-Hours retomam actividade com a dupla Dj Zig Zag Warriors (o guitarrista Zé Pedro dos Xutos e Pontapés e o radialista Miquel Quintão). Com a base assente na cultura pop-rock, a dupla nacional realiza um set revivalista do melhor do rock da década de 90 com apontamentos actuais para as novas tendências retro.
Dia 4 – The Supersonic Girl
Níveis de precipitação próximos do zero, sol e frio de rachar temperaram o derradeiro suspiro festivaleiro. O encerramento do Jazz na Relva foi entregue aos Der Rot Bereich do alemão Frank Mobus. Guitarra, clarinete e bateria completaram o trio que fundiu e confundiu sons rock e jazz numa febre de agitação contagiante.
Ao solitário porta-voz luso a constar no elenco de songwriters – Old Jerusalem – coube a missão de queimar os últimos cartuchos da interessante proposta secundária que foram os finais de tarde ainda que continuamente transpostos para o palco principal (não fosse o tempo fazer das suas). Não muito distante da atitude dos comparsas dos outros dias, Francisco Silva esforçou-se por disfarçar a sua timidez latente através do intimismo transmitido pelas melodias, que fechando os olhos, parecem um sussurro encantatório ao ouvido. O country de April e a leveza de alguns temas de um novo registo ainda por estrear impelem inevitavelmente Old Jerusalem para a rota obrigatória do must listen da música nacional.
Pelos nomes previstos em cena, a última noite do Festival Optimus Paredes de Coura desenhava-se de acordo com as coordenadas do hip hop, R&B e soul. Os nortenhos Dealema foram a primeira amostra da noite de parafernália dançante, mesclando vozes e ritmos numa espécie de caos organizado. O cenário compôs-se ainda por dois breakdancers, Marta Ren dos Sloppy Joe e Ace dos Mind da Gap. Os Dealema têm a lição bem estudada, falta talvez mais espontaneidade.
Mike Patton é mais um daqueles artistas que parece desdobrar-se em projectos mil e envolver-se nas mais inimagináveis parcerias (para nós será sempre o senhor Faith No More). Rahzel dos Roots foi desta feita o eleito. A estreia da dupla firmou-se na linhagem hip hop, com Patton a exibir inclusive vestuário à altura, e no desfilar das capacidades vocais dos dois artistas. Do “happy birthday” dedicado à senhora que se seguia – Kelis -, passando pela imitação de ruídos animais até ao trautear do baixo de “Seven Nation Army” (The White Stripes), Patton & Rahzel asseguraram uma prestação tão surpreendente quão improvável.
A armada nacional faz-se novamente representar pelo hip hop da doninha portuguesa. A apoteótica actuação no Festival Optimus Sudoeste fazia antever uma repetição do delírio entre as gentes de Paredes de Coura. A previsão estava certa e os Da Weasel voltaram a dar cartas, provando quem deveria efectivamente ter sido cabeça de cartaz. O piscar de olho à escola N*E*R*D voltou a vir ao de cima e dos criadores de Re-Definições só se pode esperar cada vez mais e melhor.
Ala que se faz tarde, está na hora da miúda do milkshake. Na memória fica a passagem pelo palco Optimus em molde speedy gonzalez (com oito temas em pouco mais de meia hora), as poses sinuosas de aspirante a diva, a marca da produção dos reis Neptunes (N*E*R*D) sempre a vir à tona e uma perfeita noção de espectáculo, assegurada também pelos MCs e DJ que acompanharam Kelis. A cantora de Trick Me sabe o que faz e tudo o resto é história.
Já com a luz do dia a querer romper entre as montanhas, nos pratos do DJ Kitten (também vocalista dos X-Wife) a música continuava a ser disparada a toda a velocidade e os corpos dos sobreviventes iam consumindo as derradeiras energias.
Do rock ao jazz, passando pelo R&B e hip hop, do passado ao futuro, com encantos e desencantos à mistura, o universo musical que povoou os cinco dias do Festival Optimus Paredes de Coura fez-se festa e celebração, esquecendo condicionantes climatéricas e demais agoiros.
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