Pega Monstro
Boa leta.
A Cafetra Records é antes de mais uma grande família. Se nunca ouviram falar na Cafetra sugiro que procurem nos links relacionados – sim aqui mesmo à vossa direita – o artigo sobre a dita pode ser encontrado aí com toda a certeza.
Continuando. A Cafetra Records é uma família. Unida, como uma família deve ser. Sempre presente. E como todas as famílias tem membros. E a família Cafetra já tem um tamanho considerável. São ao todo 13 bandas. Alguns dos elementos tocam em mais do que uma banda, é certo, mas não deixam de existir 13 projectos diferentes, todos eles com a sua própria identidade.
É já no próximo dia 3 de Dezembro que um dos elementos dessa família vai subir ao palco do Aquário – já com ar condicionado – na ZDB, para assegurar a primeira parte do regresso dos Real Estate ao nosso país. As Pega Monstro são esse elemento e foi com essa desculpa que fomos saber um pouco mais sobre elas.
Até há um tempo atrás a expressão “pega monstro” estava um pouco caída no esquecimento, mas os últimos tempos trouxeram-na de volta e umas das responsáveis foram a Maria e a Júlia Reis, as duas irmãs que dão corpo às Pega Monstro. O nome, segundo Maria, foi da autoria de “João Marcelo, da nossa outra banda, Os Passos em Volta, que se lembrou do nome e nós achámos big leta”. Já agora fica a informação, em jeito de apontamento, que João Marcelo dá a cara pelo projecto Éme, mais um elemento da família Cafetra.
Por esta altura já compreenderam certamente que a Cafetra Records e as Pega Monstros são realmente unha com carne e aquilo que Maria Reis nos diz, apenas trata de o confirmar. “Não, realmente não era possível [existir uma sem a outra], porque a nossa primeira banda, que ainda existe e que lança agora um disco, “Até Morrer”, foram Os Passos em Volta e daí é que fomos criando outros pequenos side projects.” – tal como uma família. E conclui a acrescentar que continuam “a tocar em várias bandas ao mesmo tempo e isso é que torna a fetra ligada”.
A actividade da banda tem crescido e, como consequência disso mesmo, a visibilidade tem sido cada vez maior. Para Maria Reis “é estranho lembrar que só lançámos o EP “o juno-60 nunca teve fita” em Janeiro e no mesmo ano, tipo 6 meses depois, tocámos no Milhões de Festa, que foi a cena. Não sei bem como é que aconteceu mas foi mesmo nice. A cena é continuares a fazer música que curtes, da maneira de que gostas e não te tornares num cretino arrogante”.
Uma das imagens de marca da Cafetra Records e das Pega Monstro é o DYI (Do It Yourself), no entanto procurámos perceber se isso acontece por vontade ou por necessidade. A resposta foi honesta: “Pelos dois. É uma cena que nós gostamos de fazer como editora independente e também não precisamos de ser mais do que isso, porque também não queremos”. Seguindo a esta lógica do do it yourself, a utilização de serviços como o Bandcamp torna-se uma decisão lógica, quase obrigatória, como plataforma de apoio à promoção, divulgação e distribuição de música, porque “é a melhor forma de divulgação, a mais rápida e a que chega mais longe. Sem a internet a Cafetra não seria o que é agora e o que pode vir a ser. Tudo o que lançarmos em disco e EPs que tenhamos em objecto vão estar disponíveis gratuitamente online. É assim que vamos sempre funcionar”. E termina com uma afirmação que tem tanto de simples como de verdadeira: “não é preciso ter dinheiro para se ouvir música fixe”.
Uma coisa que muitas vezes nos passa pela cabeça é que tipo de bandas estarão outras bandas a ouvir? Maria Reis satisfez-nos a curiosidade: “Halloween, ASAP Rocky, My Bloody Valentine porque é música de chuva, R. Stevie Moore porque nunca dá para ouvir demais, o Tio B (fachada) porque os singles que ele lançou são brutais, o novo disco de Atlas Sound [“Parallax”], Jay Reatard [“Beets, Limes and Rice”], o novo de Japanther e toda a Cafetra”. Conclusão: ouve-se muita e boa música por estas bandas.
Se tudo correr bem, podemos contar com o álbum de estreia para Fevereiro de 2012 mas quanto a este assunto, mais pormenores não foram avançados. No entanto, podem contar com temas novos, no próximo dia 3 na ZDB. Para acabar procurámos saber quais as expectativas das Pega Monstro. “Estamos muito entusiasmadas porque vimos há pouco tempo também no Aquário os grandes concertos de Ducktails, Big Troubles e Julian Lynch e foi a melhor cena. Podem esperar boa leta e músicas novas”.
Encontramo-nos por lá!
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