Pixies apresentam “Beneath the Eyrie” no Campo Pequeno
Hey! Temos que admitir que o nome Pixies faz “borboletas na barriga” à RDB.
Falar do quarteto de Boston, é um transporte para a nossa adolescência, é recordar de uma das bandas que deixou um maior legado, e maior influencia teve, no rock alternativo dos últimos trinta anos.
O espetáculo ocorre no dia 25 de outubro, no Campo Pequeno em Lisboa. Está enquadrado na digressão na Europa, e no Reino Unido que teve inicio no passado mês de setembro. 33 concertos em 16 países.
Os Pixies apresentam-se com três elementos da formação original: Charles Thompson a.k.a. Black Francis, Joey Santiago e David Lovering, além destes, há a baixista Paz Lenchantin, que tem a inglória tarefa que fazer esquecer baixista Kim Deal. Kim, que podemos apelidar como rockstar, pertencia à formação original da banda. Abandonou a formação em 2013 depois de muitos anos de conflitos com o vocalista Francis.
O mote para a visita a Lisboa é “Beneath the Eyrie”, lançado a 23 de setembro, o sétimo álbum de originais da banda, e terceiro depois do grande hiatus da banda, entre 1993 e 2004. Houve um primeiro hiatus entre 1989 e 90. Neste período Kim Deal formou as Breeders, foi justamente quando começaram os conflitos entre ela e o vocalista.
É, eventualmente, o álbum mais simpático após a sua reunião. Tem faixas (poucas) que nos fazem recordar o surf rock que produziam no final dos 80´s. O single «On Graveyard Hill» está bem conseguido, com uma estrutura musical digna deles próprios. Em «Silver Bullet», Black Francis puxa pela alma de outrora. «St. Nazaire» poderá ser uma faixa muito interessante ao vivo, se Francis puxar pelos graves da sua voz. Tudo o resto que acontece em «Beneath the Eyrie» não merece ser comparável ao que foi feito nos quatro (geniais!) LP lançados entre 1988 e 1991. Foi gravado em NYC na Dreamland Recordings com a produção de Tom Dalgety, que de resto tinha produzido o antecessor “Head Carrier”.
Os Pixies já prometeram que não só o ultimo álbum vai estar presente no alinhamento dos concertos. Algumas das grandes malhas de “Surfer Rosa” o primeiro LP, “Doolitle”, a obra prima da banda, “Bossanova” e “Trompe le Monde” o ultimo álbum que contou com a participação de Kim Deal. Fazemos “figas” para que sejamos brindados com alguma faixa de “Come on Pilgrim”, o mini-LP lançado em 1987.
A última vez que os Pixies tocaram em Lisboa, a solo, data no longínquo julho de 2006 quando o Pavilhão ainda era Atlântico. É caso para dizer que já merecíamos uma visita do grupo que David Bowie apelidou como “o mais convincente de todos os anos 80´s, a par de Sonic Youth” e do qual, Kurt Cobain, admitiu que gostaria de fazer parte da formação. Radiohead, Arcade Fire, Pavement e Smashing Pumpkins são apenas algumas das bandas que, frequentemente, recordam a inspiração e importância que a musica de Pixies teve nas suas obras.
Não esquecer que a primeira parte esta a cargo de Blood Red Shoes, frenético duo do indie rock/noise pop de Brighton que este ano lançou “Get Tragic”.
Os bilhetes estão á venda na bilheteira do Campo Pequeno, assim com no site da TicketLine, está limitada a compra de quatro bilhetes por pessoa. A promotora responsável é a Everything is New.
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