Portugal Fashion ABSTRART #3
Assim culminam quatro dias frenéticos de Portugal Fashion que combinaram desfiles em duas cidades, Lisboa e Porto, três espaços distintos, revelando as propostas de dezenas de criadores e apostando na divulgação dos mais novos talentos da moda nacional.
Foi com as propostas de “INDUSTRY” que arrancou o último dia de Portugal Fashion na Alfândega do Porto. Pela mão de , CONCRETO aformoseou a passerelle com cores vibrantes. As formas e padrões com alento animal, floral e diversos grafismos estimulam o arrojo contemporâneo combinados com os tons fortes que vêem sendo imagem da marca.
CHEYENNE apresenta “Urban” e “Landscape”, através das mesmas sugere um estilo vintage e casual, respectivamente. Entre estampados, lantejoulas e fade outs espreitam tonalidades de castanho, rosas e laranja. Sem muitos preceitos misturam várias cores, têxteis e peças em contemplação ao xadrez e ao deformar das formas. Sem faltar a ganga um material ícone da marca.
Com o objectivo de encontrar o ponto de equilíbrio MAD DRAGON SEEKER, apresenta propostas mutáveis com forte aposta em cores vivas e diferentes materiais entre duas linhas: “Basic” e “Premium”. Contemplando o público mais jovem e arrojado sem negligenciar o arrojo e maturidade.
DOM COLLETTO prima pela elegância, delicadeza e classe. Notamos uma suave descontracção entre cores cruas: bege, verde água, preto e branco e o uso de malhas finas, sedas e linho.
Seguem-se as propostas de calçado, uma das mais pojantes áreas de exportação e indústria em Portugal. DKODE mostra propostas de look moderno, com destaque para os recortes, o uso das peles texturadas e fragmentadas com acabamento metálico. FLY LONDON sempre consciente na necessidade de inovação ao mais pequeno detalhe, com solas exuberantes e cores vivas para uma primavera-verão fresca e delicada. Em colaboração GOLDMUD + ALEXANDRA MOURA apresenta entre tons brancos e pretos linhas rectas, simplificadas mas de design inovador. J. Reinaldo apresenta modelos clássicos-intemporais, luxuosos de forte sofisticação e descrição mas de uma beleza imponente que não os deixa passar despercebidos. NOBRAND destaca entre cores garridas distintas do neo-expressionismo com inspiração na arte urbana peças minimalistas com corpo e formas orgânicas, que causou uma óptima reacção por parte do público. Sílvia Rebatto inspira-se nas tendências orientais, tribais e geométricas que se dissolvem entre metalizados e camuflados numa colecção sedutora, jovial e versátil sem descurar o conforto e bem-estar inserindo ténis e rasos.
Todos somos conscientes das conquistas portuguesas do além-mar, mas provavelmente uma das mais ricas e deslumbrantes que fica no imaginário é a conquista da India. Especiarias e chás espalhados pela mão dos portugueses por todos os “cantos do mundo”. Carlos Gil recria as relações estreitas com a cultura indiana numa colecção forte, de cores espirituosas, brilhos, ouro e bordados. A palavra de ordem é ornamentação, o associar das mais belas peças de joalharia indiana com as peças de roupa de fina silhueta ocidental, entre transparências, estampados e cores vibrantes.
VICRI sugere uma colecção INVICTA que cruza tradição com modernidade entre pixéis, padrões e texturas retirados das ruas do Porto. Versada nas raízes provoca a invocação do futuro, o color blocking destaca-se uma vez mais entre cores vibrantes que definem a estação. O uso de materiais como sedas , linho e algodão tornam as peças leves e frescas. Os estampados e jacquards solicitam a estação do sol dourado que queima a pele. Numa visão mais antiga recupera os factos de dois botões e trespasse.
Com inspiração numa viagem excitante e inovadora LION OF PORCHES desenvolveu uma colecção destinta de inspiração britânica e náutica; onde se evidenciam estampados, por entre malhas, sedas, rendas, e linhos mantendo-se fiel as cores marinho, branco e vermelho. Com peças citadinas, sofisticadas, e glamorosas distinguindo-se em formas e padrões.
Luís Onofre apresenta uma colecção repleta de sandálias, sapatos, malas e clutches numa variável de cores com acentuado toque de fluo, chocolate, rosa salmão e fúcsia, violetas, azulados e esverdeados. Com aplicações metálicas em ouros rosa, adição do cristal Swarovski e de inspiração marroquina a colecção acrescenta peças com toque retro. As malas elegem materiais díspares do calçado, peles de cobra e lagarto que contrastam com o brilho do verniz.
Pelo espaço Bloom passaram as colecções de Maria Martins, Pritt Franco, Cláudia Garrido, Joana Ferreira e Diana Martins. Também ainda a entrega de prémios do Porto Fashion Show, cerimónia que reverteu num grande atraso para os desfiles que culminariam a noite.
DIELMAR revela uma lufada de classe e primor. Com plano de fundo ancorado em ruas coloridas e florestas tropicais a estrutura e conjugação de formas é pensada para o homem moderno, descontraído e elegante e que subtilmente expele sedução. Aposta nos linhos, cruzados com algodões, sedas e cânhamo, envolvidos com jerseys em tons claros, cinzas, vermelhos, verdes, azuis e crus.
Felipe Oliveira Baptista fecha mais uma edição de Portugal Fashion, com inspiração no funcionalismo criou uma sofisticação melancólica, em peças ultra femininas de glamour sensual, pensado arquitectonicamente para vestir o corpo da mulher e liberta-la de estereótipos. Saias e vestidos compridos sobriamente dramáticos vagueiam na passerelle num jogo de cores sereno e monocromático. O vestuário militar mostra-se forte influência entre volumes largos e estreitos que enfatizam a cintura feminina, destacam decotes e pequenas freichas que desvendam a pele presentes em macacões, casacos, vestidos e hoodies com um contacto oversize.
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