“Quando o Vaticano Caiu”, de Pedro Catalão Moura
"Nada é perdido com a Paz. Tudo pode sê-lo com a guerra."
Quando o Vaticano Caiu, de Pedro Catalão Moura (Saída de Emergência, 2024), é um thriller histórico, ficcional, mas baseado em factos, onde Hitler pretende raptar o Papa e dominar o Vaticano.
Pedro Catalão Moura, é mestre em Engenharia Biomédica, está a trabalhar na sua tese de doutoramento na Universidade NOVA de Lisboa, e já conta com artigos científicos publicados, tendo sido orador de várias conferências internacionais. Graças ao seu apreço pela leitura desde novo, atreveu-se a entrar no mundo da escrita.
A carta garante que o plano de Hitler está já em marcha, e que o Santo Padre e toda a Cúria correm sérios riscos. A Igreja, enquanto instituição mais reconhecida por todo o mundo, está prestes a sofrer a maior revolução da sua milenar História.
É de referir a notória e extensa pesquisa que efetuou para criar este enredo de tom sério e grave, que nos faz questionar “E Se”, o estilo de escrita com um toque poético, as frases marcantes e significativas, a extrema atenção aos detalhes e a bravura de abordar, para a sua primeira obra, um tema do passado tão sensível, mas, ao mesmo tempo, tão relevante, principalmente nos tempos que correm.
Tendo, como ponto de partida, uma premissa real assente num plano de fuga equacionado aquando da ameaça nazi para com a Cúria, durante a Segunda Guerra Mundial, o autor cria uma realidade alternativa, usando detalhes verídicos, mesclando-os com a sua liberdade criativa.
Catalão Moura teve um cuidado especial com o enredo, a História e o leitor, e faz a distinção, no epílogo, entre o que é real e o que é ficção, o que ditou as suas escolhas quer de personagens, quer do curso da ação, dando mesmo informações mais a fundo sobre os intervenientes da sua história.
Publicado pela editora Saída de Emergência, está englobado no projeto/marca Eu Amo Autores Portugueses.

Itália, Agosto de 1943, a Irmã Nicoletta, irrompe sem fôlego, no escritório do Monsenhor Di Corneliano, trazendo consigo más notícias.
Pio XII está reunido com o Cardeal Maglione nos aposentos Papais do Palácio Apostólico, para os seus habituais encontros relacionados com os assuntos de governo da Santa Sé, quando Di Corneliano entrega uma carta que augura dias negros.
Nela, está claro que o plano de Hitler prossegue e está mais próximo de acontecer do que pensavam. O primeiro passo é assegurarem-se de que o conteúdo da carta é verídico, o segundo planear para o futuro, e o terceiro, informar os restantes membros da Cúria da ameaça que os rodeia.
Um dos planos consiste em mudar a Cúria de país. Entre os países que se prontificaram a servir de nova sede para a Santa Sé, estão os Estados Unidos da América, Espanha e Portugal.
O Papa encontra-se entre a espada e a parede. Hitler quer usá-lo como exemplo, quer subjugá-lo e arrastar a Igreja na lama, mantendo-os a ambos debaixo do seu domínio sufocante e letal. Porém, até ao momento, nenhuma das hipóteses de salvação apresentadas, parece adequada.
Após momentos de introspeção e reflexão, Pio XII, está, finalmente, em paz consigo próprio, conformado, e com plena consciência do que deve fazer, mas tem noção de que vai enfrentar oposição ao seu plano de ação.
O dia amanhece escuro e chuvoso, tão triste quanto o sentimento de Pio XII, de Belmonte e de muitos outros membros da Cúria. Também o mundo tem sido um lugar onde reina a tristeza, o terror e a morte, tudo fruto da guerra causada pela maldade e a crueldade dos homens.
O tempo escasseia e Hitler anseia por sangue. É agora ou nunca. A decisão de Pacelli, o Papa Pio XII, vai mudar tudo e todos.
Quando o Vaticano Caiu, de Pedro Catalão Moura, é o thriller de estreia do autor, com um enredo inspirado em eventos históricos, mostrando uma realidade alternativa assustadoramente verossímil e arrepiante.
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