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“Querida Ijeawele – Como Educar para o Feminismo” de Chimamanda Ngozi Adichie

Quinze conselhos para lá da permissão.

Nesta obra a escritora nigeriana relembra-nos como o feminismo é um dever de todos e para todos, de mulheres e homens, pois somos diferentes, singulares em género e personalidade.

Diferença não pressupõem rankings ou “uso seletivo da biologia”, mas sim um sentido de identidade, cultura.

Não me refiro a papéis impostos pelas normas sociais, porque assim todas as mulheres seriam cozinheiras e os homens caçadores. Não existem guiões ou deixas pré-definidas que legitimem que um pode ser mais que o outro!

As pessoas usam seletivamente a palavra «tradição» para justificar tudo e mais alguma coisa.

À medida que transmite os seus ensinamentos como uma carta aberta para uma futura mulher que pode gostar de helicópteros, carros e bonecas misturados… Chimamanda não tenta, nem quer agradar, expõe a verdade e a sua opinião sem artifícios, porque acredita e sonha com uma sociedade em que as palavras sejam genuínas e não restritas ou limitadas pelo sexismo.

É um texto activo, que reflecte uma geração que não se quer “tapar” das oportunidades ou esconder da mudança.

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E repito não é um livro para mulheres, é um livro para quem o quiser, para quem tal como “Ijeawele” precise de um conselho ou até para quem já sabe tudo! Não é uma obra para encher a prateleira, nem para a embelezar e dizer que lá está por apoio.

Ela sabê-lo-ia se ler livros não fosse um empreendimento tão alheio aos seus hábitos. OK, este remoque foi para te animar.

Ocupa um lugar porque existe e em noventa e seis páginas diz muito que esquecemos ou que não pensamos.

Como jovem, como mulher e como pessoa sugiro vivamente a leitura!

Uma edição D. Quixote.

 

 

 

 



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