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Resident Evil 5 – PS4 | Análise

Juntem-se a um amigo e descubram porque é que Resident Evil 5 foi o título mais bem sucedido desta série!

Face ao sucesso da remasterização de Resident Evil e Resident Evil 0, no mês de Fevereiro deste ano a Capcom anunciou que, para celebrar o vigésimo aniversário de Resident Evil, iria brindar outras três entradas na série com o mesmo tratamento. Ficou assim decidido que, tanto a PS4 como a Xbox One iriam receber a “versão definitiva” de Resident Evil 4, 5 e 6. Só que antes de gritarem de alegria por lerem o nome Resident Evil 4, tenho de vos recordar que a ordem de lançamento não será exactamente essa. Iniciando uma contagem decrescente, a primeira remasterização a ser lançada foi a de Resident Evil 6, no dia 29 de Março. No dia 28 de Junho seguiu-se a vez de Resident Evil 5 e é a análise desta remasterização que hoje vos trago.

A nova jogabilidade introduzida por Resident Evil 4 foi alvo de críticas pelos puristas mas a verdade é que aqui em casa foi muito bem-vinda. Criticámos, no entanto, que em detrimento de mais acção, o terror tenha sido posto de parte. Não obstante, em Março de 2009, tanto eu como a minha cara-metade mal podíamos esperar por deitar as mãos em mais um Resident Evil. Foi assim que a versão para a PS3 de Resident Evil 5 tomou de assalto a nossa sala e durante uns bons pares de horas de lá não saiu. O regresso de Chris Redfield ao protagonismo de mais um Resident Evil ajudou, claro – já não o víamos desde o intenso Code Veronica X – mas, sobretudo, o nosso apreço pelo jogo deveu-se à mecânica de co-op introduzida neste título.

Habituados que estávamos a partilhar o comando um com o outro – “ora jogo eu, ora jogas tu” – a introdução de Sheva, companheira de Chris nesta nova aventura, trouxe consigo a agradável surpresa de podermos dividir o ecrã e controlar, cada um, a sua personagem. Se já tão poucos jogos o faziam, o que dizer de agora?

Tal como aconteceu no seu antecessor, Resident Evil 5 trouxe muito pouco de terror, uma vez mais em detrimento de mais acção. Cinco anos após os eventos de Resident Evil 4, a história tem lugar em Kijuju, em África. É lá que encontramos Chris com a missão de apreender Ricardo Irving e impedir que este venda uma arma bio-orgânica (BOW) no mercado negro. Parece simples mas assim que descobrimos que a população foi infectada por parasitas, dá origem a uma aventura frenética, de início ao fim.

 

Não foi por acaso que este foi o Resident Evil mais rentável da série, ao alcançar as cerca de sete milhões de unidades vendidas. Se graficamente este foi um título que não desapontou, também a acção do jogo se mostrou bastante competente, sobretudo, claro está, quando partilhada com alguém localmente ou online. Ao longo da nossa aventura vários foram os inimigos que tivemos de eliminar e os bosses que tivemos de derrotar. Muitas vezes as sequências pareciam não ter fim e deram origem a momentos de grande tensão. Claro que o feliz trabalho de equipa – por vezes, à quinta ou sexta tentativa – fez maravilhas. Fomos serrados ao meio, cortados, mordidos… Mas também trocámos munições, partilhámos armas e plantas medicinais e, em momentos de maior aperto, um valente soco ou um forte pontapé ajudavam a que cada um de nós se voltasse a erguer e retomar a acção, rumo à vitória. Uma jogabilidade competente mas que ao continuar a não nos permitir deslocar e disparar ao mesmo tempo, a deixou longe da perfeição. Com grande satisfação, quando demos por terminada a nossa aventura, o eco do nosso High-Five ao derrotar o boss final deixou no ar o: “E se isto tivesse sido corrigido?”

No dia 28 de Junho a Capcom lançou a versão remasterizada de Resident Evil 5. A história é a mesma, sem tirar nem pôr mas ao fazer-se acompanhar por todo o conteúdo adicional – dois episódios, fatos de personagens e o modo de jogo Versus – anteriormente lançado fez-nos pensar duas vezes e quando surgiu a oportunidade de analisar esta versão de Resident Evil 5 para a PS4 não deixámos escapar a oportunidade de passar os dois episódios que revelam o que aconteceu a Jill Valentine. Continua a não ser possível andar e disparar ao mesmo tempo, pelo que o nosso “e se” continuará a não ter resposta mas o salto em termos de grafismo para a actual geração faz-se notar e convidou-nos a reviver a aventura de Chris e Sheva.

 

Quem já desfrutou na totalidade de tudo o que Resident Evil 5 tem para oferecer, talvez encontre poucos motivos além da actualização gráfica que justifiquem o regresso a a Kijuju mas se como nós não tiveram a oportunidade de explorar os dois episódios que complementam a história, ou até mesmo toda a história do jogo, têm agora uma boa oportunidade para o fazer e o grafismo melhorado surge assim na perspectiva de um agradável bónus. Juntem-se a um amigo e descubram porque é que Resident Evil 5 foi o título mais bem sucedido desta série!



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