“Richard Francis Burton – Viagem ao coração de África” | Peter Laufmann
A vida inteira atrás de um sonho
Explorador, aventureiro, especialista no Médio Oriente, espião e amante de línguas exóticas. Se tentássemos resumir a imensa vida de Richard Francis Burton numa frase que tivesse o ar de um CV, muito provavelmente andaria à volta disto.
“Richard Francis Burton – Viagem ao coração de África”, da autoria de Peter Laufmann, faz parte da colecção Grandes Exploradores, editada pelo Círculo de Leitores. Juntando a informação bibliográfica a inúmeras fotografias, desenhos e ilustrações, o livro tira uma radiografia de corpo inteiro ao explorador, permitindo também o teletransporte da imaginação para os muitos lugares que Burton visitou.
Nas suas viagens por África esteve sempre sob a ameaça da malária, da doença do sono ou de outras perigosas doenças, que nunca o impediram de avançar. Falava Árabe fluentemente, sabia de cor parágrafos inteiros do Alcorão e participou na HASS – a peregrinação até Meca -, o que fazia dele um espião de primeira água – já que conseguia fazer-se passar por um habitante local com grande facilidade. Traduziu para Inglês obras como “As Mil e Uma Noites” ou “Os Lusíadas” e, no universo científico, acabou por ser traído pelo mais próximo amigo e companheiro de aventuras.
Burton viveu sempre na perseguição de um sonho e, a sua grande frustração, foi não o ter cumprido. A tarefa, diga-se, não se afigurava fácil para a época: encontrar a nascente do Rio Nilo. Porém, mesmo sem ter cumprido o seu destino, foi Burton que lançou as bases da sua descoberta, permanecendo até hoje como um dos mais importantes e aventureiros exploradores que a História conheceu.
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