RQ#2 – V For Vendetta

V For Vendetta.

Uma vez que a adaptação ao cinema da novela gráfica “V For Vendetta” está quase a chegar às salas portuguesas, faz sempre bem recordar este clássico escrito por Alan Moore com arte de David Loyd.

A acção desenrola-se num futuro alternativo, pós-3ª Guerra Mundial. África e Europa foram devastadas, Inglaterra sobreviveu mas a que custo? O caos estava instalado, a ordem era necessária, e foram os grupos fascistas que a tentaram restabelecer sob a forma de ditadura. Erradicando a cultura, controlando os media, criando campos de concentração para as minorias étnicas, radicais de esquerda, socialistas e homossexuais, a liberdade não passava de uma palavra vazia na boca de todos, uma memória do passado.

A história tem início 5 anos após os conflitos políticos. Os campos de concentração encontram-se agora encerrados, uma vez que já cumpriram o seu objectivo, as ruas de Inglaterra continuam altamente vigiadas, o governo controla tudo e todos e o povo vive agora conformado com o seu estado de vida.

Tudo muda com o aparecimento de um estranho vigilante que dá pelo nome de V. O que começa por parecer uma vingança pessoal, mais tarde começa a tomar a forma de um plano muito mais complexo. Juntamente com Evey, sua aprendiza, V instala o caos no país e é através deste que poderá nascer a anarquia, onde o poder é restituído ao povo. V aparece aqui como um Salvador um Messias, mostrando que não é o povo que deve temer o governo, mas sim o governo que deve temer o seu povo.

Durante as séries existem muitas referências à letra V. Todos os capítulos da série começam por esta letra, o personagem principal esteve preso na cela 5 (V em numeração romana), este é visto várias vezes a ler e citar “V” de Thomas Pynchon e é também curiosa a alusão à 5ª sinfonia de Beethoven (onde as primeiras quatro notas representam a letra V em código morse).

Por fim V de Vingança, V de Vitória e V de Vendetta.



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