“Se pudesse voltar atrás” | Marc Levy
A velha história do “e se…?”
Ao longo da vida, quem não deu por si a perguntar aos seus botões como teria sido se, num determinado momento ou situação, tivesse pensado ou agido de forma diferente? Foi a partir desta filosofia existencialista do senso e da introspecção comum que Marc Levy, o autor de língua francesa mais lido do planeta, ganhou inspiração para escrever “Se pudesse voltar atrás” (Bertrand Editora, 2013).
Andrew Stillman, jornalista do New York Times, é um homem em ascensão. Começou na secção de necrologia – consegue resumir qualquer vida em nove linhas -, revolucionou a página dos casamentos e, depois de mostrar trabalho, foi promovido a jornalista do departamento de actualidade internacional. Foi aí que escreveu uma grande reportagem sobre o tráfico de crianças da China para os Estados Unidos, estando a preparar uma outra sobre acrianças tiradas aos pais durante a ditadura argentina que, antevê-se, será merecedora de um Pullitzer.
Na noite da celebração e depois de uns copos valentes – hábito que ganhou com o facto de «viver na companhia dos mortos» -, esbarra com Valerie Ramsay, uma antiga e não consumada paixão de adolescência. O altar parece ser o mais provável destino, mas um encontro furtivo com uma desconhecida provoca-lhe suores frios em véspera de apertar o nó.
Uma descontraída reflexão sobre o destino, entre a revisitação histórica a uma Argentina amarrada e um ambiente sobrenatural, tecida com o espírito de um thriller que se mantém vivo até às últimas páginas.
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