MR-RIGHT

Sr. Perfeito

Um filme onde se acredita que dragões e dinossauros são a mesma coisa

Fala-se muito na língua inglesa ser um pouco limitada, sobretudo quando comparada com línguas como o francês ou o espanhol, mas às vezes julgo ser mais fácil expressar aquilo que penso usando anglicismos. Para o filme Sr. Perfeito (“Mr. Right” é o título original) assome-me rapidamente uns quantos: comedy wannabe, not-so-quirky-and-adorable-as-expected, bad shit crazy.

“Mr. Right” é uma amálgama de muita coisa. O realizador (responsável pela direcção da série de televisão “Penny Dreadful“) deve ter pensado que fundir comédia, romance, acção e estilo era coisa fácil. Não é. E o resultado é algo penoso de se ver.

“Mr. Right” dá-nos a conhecer Martha (interpretada por Anna Kendrick) e Francis (interpretado por Sam Rockwell). Martha é uma jovem traumatizada pelo fim da sua última relação e Francis um assassino profissional com uma crise moral. Um dia encontram-se num supermercado e BAM! Apaixonam-se perdida e loucamente um pelo outro. O bolo da estranheza fica completo quando uma família de mafiosos ganha interesse pelo talento de Francis.

Não sou grande fã dos trabalhos de Anna Kendrick e Sam Rockwell, mas tenho em grande consideração o actor Tim Roth (que fez um trabalho magistral em “Vincent & Theo”, “Rob Roy” e “Reservoir Dogs“). Não compreendo porque decidiu aceitar um papel secundário neste filme.

Não consigo compreender também porque é que este filme sendo de 2015 foi escolhido pelas distribuidoras de filmes em Portugal para ser exibido agora, em 2016. Sei que o Verão é tido como a silly season, mas tenho a certeza que deve haver milhares de filmes mais merecedores da nossa atenção que “Mr. Right“.

Caro apreciador ou espectador de cinema, faça um favor a si mesmo e fique em casa. Este não é o filme da temporada perfeito para si.



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