Star Wars – “O Despertar da Força”

Star Wars – “O Despertar da Força”

A “força” despertou (novamente) numa galáxia longínqua

O cinema foi invadido pelo universo Star Wars. Foi a conclusão de uma ida sui generis ao cinema.

Ontem, na estreia, vi um cinema completamente cheio de admiradores da saga. Imensas filas, impaciência para entrar nas salas, vi t-shirt e casacos da “Guerra das Estrelas” de todos os tamanhos e formatos, vi pessoas a sair do cinema vestidas de Jedi, vi sabres de luz e máscaras do Darth Vader, mas, acima de tudo, vi uma legião de admiradores de um universo como não há igual, de todas as idades e géneros.

Começo por dizer que sim, vi todos os filmes da Guerra das Estrelas mas que, e embora até tenha gostado do que vi, não fiquei uma fã fã, e não, não estava tão entusiasmada por este novo episódio como meio mundo. Mas eis que surge “O Despertar da Força” e tudo muda.

O primeiro filme da saga “Guerra das Estrelas”, da autoria de George Lucas, foi lançado em Maio de 1977 e deu origem a um fenómeno mundial da cultura popular e a uma das mais lucrativas obras cinematográficas de sempre. O filme deu origem a duas trilogias: os episódios IV a VI de 1977 a 1983, e os episódios I a III de 1999 a 2005. Foram precisos 10 anos depois de “Guerra das Estrelas: A Vingança dos Sith”, realizado por George Lucas, para voltarmos ao cinema para um novo episódio.

Em “O Despertar da Força”, procura-se por Luke Skywalker e descobre-se como está a galáxia, trinta anos depois da destruição da Death Star. O Império Galáctico é agora a Primeira Ordem, e General Leia comanda a nova resistência. Mais não digo para não revelar a história.

O que dizer sobre este filme?

Escrito por Abrams, Michael Arndt e o veterano Lawrence Kasdan – que colaborou também no “Império Contra Ataca” e “O Regresso do Jedi” – conhecemos agora uma nova geração de personagens e voltamos a ver caras bem conhecidas. Harrison Ford, Mark Hammil e Carrie Fisher voltam a ser protagonista como Han Solo, Luke Skywalker e Princesa Leia (agora, General Leia), respetivamente.

Abrams respeitou George Lucas e não complicou o filme, em vez disso, limitou-se a seguir as ideias base de Lucas e regressou ao básico. E fez muito bem!

Uma mais valia deste episódio é o elenco excepcionalmente escolhido, com uma diversidade genuína como se espera numa galáxia (longínqua ou não). Daisy Ridley é a fantástica sucateira Rey e Finn, de John Boyega, é excelente.

O novo vilão é agora o notável Kylo Ren, interpretado por Adam Driver, um membro dos Cavaleiros de Ren, grupo criado depois do fim do Império Galáctico, e que pretende terminar o que começou Darth Vader.

Andy Serkis volta a um papel ao qual já está habituado como o poderoso sith, Snoke (fisicamente, uma mistura entre Gollum e Voldemort) e Oscar Isaac como o piloto da nova resistência Poe Dameron não desiludem em momento algum. Até Lupita Nyong’o e a sua Maz Kanata é interessante!

Engane-se quem acha que se for ver este filme não se vai rir: a força despertou também o humor e o filme tem vários momentos de humor, inseridos nas alturas perfeitas. “O Despertar da Força” é um filme rápido sem ser excessivo, tem momentos que nos remete para os primeiros episódios, tem calma quando é necessário. É uma máquina de puro entretenimento.

J.J. Abrams fez um trabalho excepcional. Além de conseguir voltar a juntar todos os elementos que já conhecemos de Star Wars, desenvolveu uma nova geração, uma nova história, mas sempre sem esquecer o passado. Só sinto falta da música memorável, grandiosa, que esta saga tanto nos habitou…

 

Um filme a não perder.



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