Stopmakingme
Stop making who?
De vez em quando um novo nome aparece no mundo da música, seja ele um produtor ou explorador de conteúdo, ou ambos. Daniel Avery, aka Stopmakingme, é um excelente exemplo de uma nova onda de jovens talentos que Londres produz actualmente. Nascido e criado em Bournemouth no Sul da ilha, Stopmakingme representa o ecletismo de uma geração infectada por sonoridades que vão desde o Post-Punk ao Techno, passando pelo revivalismo Disco.
Co-promotor da bastante aclamada noite Kill Em All, Stopmakingme é um dos nomes para o futuro, com o primeiro trabalho a solo marcado para o final do ano; enquanto isso, continua com a promoção de eventos em alguns dos melhores clubes da Europa.
Qual foi a tua ambição inicial quando te mudaste para Londres?
Eu comecei a tocar dois anos antes de me mudar para Londres, num clube em Bournemouth. Comecei por fazer uma noite chamada Project Mayhem, que tinha como objectivo ser algo parecido com o TRASH, de Erol Alkan! Há três anos mudei-me para Londres onde conheci os Filthy dukes, que me convidaram para tocar na club night deles, Kill em All… Como partilhamos o mesmo gosto musical, a relação foi-se desenvolvendo e criámos uma sinergia interessante. Foi um crescimento muito orgânico quase que por acidente, antes de Kill Em All. A noite que eu fazia era por puro prazer sem grande ambição para o futuro.
Quais são os nomes que googlas mais?
Estou sempre à espera de novo trabalho de Erol Alkan, Andrew Weatherall, Optimo e The Glimmers para mencionar alguns. Simplesmente adoro o que têm para oferecer, não só a nível de produção musical, mas também de projectos que desenvolvem em paralelo.
Bastantes Djs gostam de contar histórias com Dj sets, achas que os teus reflectem o quê?
Quando faço um warm-up, definitivamente gosto de começar com uma pista vazia e fazer uma progressão construtiva, lançar uns vocals e uns drum loops que o crowd reconhece e aos poucos e poucos fazer a pista! Não sei se estarei directamente a contar uma história mas é sem dúvida uma progressão sustentada. Tenho grande interesse nos contadores de histórias de Nova Iorque do fim dos anos 70 e inícios dos anos 80, esses sim criavam uma viagem no dance floor.
Já ouvi bastantes remixes feitos por ti, para quando está previsto o lançamento de trabalho a solo?
Para o final deste ano. Estou neste momento a trabalhar num EP pela Kill Em All records.
Tu és promotor, produtor e DJ. Qual das três te dá mais prazer?
Sem dúvida DJ. Promover é bom porque crias uma identidade colectiva em vez de singular, como produtor ainda estou no início de uma carreira, mas como DJ é sem dúvida onde me sinto mais confortável.
Kill Em All é descrito como um projecto inovador à frente do seu tempo. Quais são os principais factores para o sucesso?
Nós temos sempre bandas e Djs, bandas que não têm necessariamente de ser de música de dança, mas têm certamente de ser inovadoras e com aquela energia extra que se reflecte numa boa performance ao vivo. Têm que oferecer magia e fantasia, tocar bem muita gente consegue, mas fazer a diferença em palco não é certamente para todos.
Quais foram as melhores performances que passaram pela Kill em All até ao momento?
Metronomy foi sem dúvida um melhores até hoje. Já tocaram para nós diversas vezes e surpreendem sempre. These New Puritans foi outra das excelentes actuações e no nosso aniversário no passado mês de Dezembro Hercules And The Love Affair foi um espectáculo muito especial, eles têm aquela energia extra que o crowd procura.
Qual é o maior projecto em que estás a trabalhar neste momento?
O meu EP como já disse que vai ser lançado no final do ano, a editora Kill Em All Records, onde vamos ter a oportunidade de revelar de forma original aquilo que realmente temos vindo a desenvolver ao longo dos anos e afirmar a club night no Reino Unido e pelo resto da Europa, vamos continuar com residência no Fabric (Londres), Coalition (Brighton) e uns quantos eventos na Escócia. Pela Europa temos presenças regulares no Social Club (Paris), e noites marcadas em Moscovo e Madrid.
Na tua opinião qual é a maior barreira do momento na indústria discográfica?
A indústria mudou bastante, os hábitos de consumo mudaram e na minha opinião não se deve culpar ninguém, simplesmente temos que nos adaptar a uma nova realidade de forma inovadora e contrariar tendências desconfortáveis, pensar que é um desafio e não uma barreira.
E o que detestas na indústria discográfica?
Bandas e Djs que começaram do nada e após o lançamento de um álbum e uma tour, tornam-se arrogantes e são bem capazes de passados um ou dois anos sair do pedestal porque simplesmente não conseguem sustentar boa produção musical. Os grandes nomes que dominam a cena electrónica são por norma pessoas simples.
Diz-me alguns nomes para seguir em 2010…
Gold Panda, um projecto Londrino com trabalho a sair na Kompact, Clock Opera também de Londres, o Italiano Ajello tem produzidas excelentes faixas para a pista e Tiger & Woods, produtor com identidade escondida. Ninguém sabe quem ele é, tem feito fantásticos re-edits.
Gostas de dançar?
Sempre, atrás dos pratos e no dance floor…
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