Stranger Things
Nasceu um novo culto
Hawkins, estado de Indiana, Estados Unidos da América, 1983. Depois de mais uma maratona de rollplay na cave do seu amigo Mike Wheeler, Will Byers, um dos quatro miúdos mais geeks da cidade, pega na sua bicicleta e vai para casa. É durante essa viagem que desaparece misteriosamente sem deixar rastro. Estão lançados os dados para uma das melhores séries do ano, criada pelos manos Duffer (Matt & Ross), produzida pela Netflix e que conta no seu elenco com um conjunto de novos talentos e com uma Winona Ryder surpreendente, que encaixa na perfeição no papel da mãe do jovem desaparecido.
“Stranger Things” estreou em Julho no Netflix tendo-se tornado imediatamente numa série de culto. Embora não exista qualquer anuncio oficial é de esperar por novas temporadas e têm surgido muitas noticias nesse sentido. Este culto imediato é explicado pelos “ingredientes” que os irmãos Duffer colocaram nestes 8 primeiros episódios da série. Um misterioso desaparecimento, forças do sobrenatural, uma míuda com super-poderes e um programa governamental secreto. Em entrevista ao site IGN, Ross Duffer adimitiu que a ideia de criar uma série partiu do desejo de “superar os limites da TV” para que a mesma seja mais “cinematográfica”. “Stranger Things” carrega a vibração e o clima dos filmes, livros e manias mais populares daquela época – os filmes de Steven Spielberg, histórias de horror de Stephen King, passando pelos thrillers de suspense de John Carpenter e por longas partidas de Dungeons and Dragons. É um delicioso e sinistro passeio nostálgico direccionado para uma geração da qual fazem parte dos seus criadores.
crianças e horríveis forças sobrenaturais é o melhor subgênero do mundo – Matt Duffer (entrevista à IGN)
Para além do incrível enredo e brilhante realização, o sucesso de “Stranger Things” está obviamente relacionado com o excelente elenco. Em primeiro lugar o regresso de Winona Ryder a um género que ela bem conhece e para um papel que lhe assenta como uma luva; os 4 míudos (com um especial destaque para Gaten Matarazzo que interpreta o desdentado Dustin) que andam de bicicleta para todo o lado e que representam da melhor forma possível uma geração geek que cresceu sempre marginalizada pelos estereótipos da época; Millie Bobby Brown, provavelmente a grande revelação da série, que interpreta “Eleven” a estranha rapariga de cabeça rapada com super poderes.
Depois de grandes sucessos como “House of Cards”, “Daredevil” ou “Narcos” (que regressa em Setembro com a temporada 2), “Stranger Things” é mais uma prova que através de uma série de televisão é possível criar um elo com o público muito difícil de replicar no cinema. A disponibilização de toda a série de uma só vez é também um trunfo da Netflix e mais um fator diferenciador deste serviço. Depois de assistirem ao primeiro episódio de “Stranger Things” vão imediatamente querer ver o segundo. Por isso este Verão façam um favor a vocês próprios e descubram porque anda meio mundo a falar desta série. Não se vão arrepender.
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