Stuart Robertson

De passagem pelo Festival Para Gente Sentada, o músico britânico confessou-se à RdB.

A estreia (“The Furthest Shelter”) editada há já aproximadamente dois anos:

«Hoje em dia mudaria muitas coisas no disco, mas acho que isso é natural. É algo que parte da constante insatisfação de um músico, do seu perfeccionismo e auto-crítica. Desde que comecei a ter aulas de piano que vivo em contacto directo com a música. Para isso muito contribuiu a educação dos meus pais, que eram pessoas muito atentas a todo o tipo de música. Lembro-me perfeitamente de ouvir discos dos Abba, por exemplo (risos)».

Canções simples, assentes no piano, e seus respectivos cenários imaginados:

«Os meus temas são simples, não pretendem soar demasiadamente pomposos nem nada disso. Assento a minha escrita no piano e na minha voz e se tivesse de escolher um cenário onde visualmente integrasse as minhas canções a escolha seria um cruzamento entre o campo e o mar. Um cenário bonito, calmo, sereno, onde as melodias pudessem fazer-se ouvir tranquilamente».

A pirataria digital:

«Lembro-me perfeitamente da posição que os Metallica tomaram há uns anos atrás [o célebre episódio Napster] e não posso deixar de concordar com eles. A verdade é que eles não tomaram uma posição tão drástica por terem receio de vender menos discos. Eles quiseram, no fundo, marcar uma posição e isso foi muito importante para bandas e projectos de menor dimensão. Mas há coisas neste advento da Internet, como o MySpace, que são muito boas. O MySpace em concreto é provavelmente a melhor arma de promoção dos últimos anos. Sinceramente, acho que devia ter mais amigos lá e passar mais tempo a promover-me lá do que o que passo (risos)».

Novo disco de originais agendado para começos de 2007:

«Não será um disco que vá chocar muito com o “The Furthest Shelter”, apesar de ser necessariamente diferente. As canções surgem com o piano como pano de fundo, uma vez mais. Creio que vai ser uma evolução positiva em relação ao meu disco de estreia».