Um ano Teatro Rápido Lisboa

Um ano de Teatro Rápido em Lisboa

Quisemos saber, junto de quem já levou um projecto a cena no Teatro Rápido, o que os marcou mais no TR... enquanto espectadores

Anna Carvalho, do projecto Joana Dark, elege “Guarda Chuvas de Chocolate” como a peça que mais a marcou. “Enquanto espectadora, o TR dá-me a possibilidade de ver mais peças com estéticas diferentes e em pouco tempo”. A primeira peça que viu neste espaço foi “Julieta está grávida”.

O actor Pedro Cunha teve alguma dificuldade em escolher: “Tem que ser só uma?”, perguntou-nos. “Gostei da “Deus não mora aqui” e do  “Exorcosmo… uma historia de amor”, ambas escritas pelo Eric da Silva. Tocam num tema que para mim é bastante apelativo… o desconhecido: o que haverá para além da morte? O Eric consegue combinar a “drama” com a “comédia” de uma maneira fantástica e que  raramente vejo dar tão bom resultado.” Pedro, actor na peça “Seis quase meia“, também referiu a peça onde Luciano Gomes dava vida a um monólogo com palavras de António Lobo Antunes: “Pareceu-me que toca a fibra sensível de qualquer pessoa que a visse… tocava em tantas coisas que alguma havia de ser a coisa que ia despoletar no espectador a emoção que se pretendia”.

Francisca Lima não consegue escolher uma peça como aquela que mais gostou. Enquanto espectadora, a actriz de “Um chá a dois” (em que contracenava com Rafael Dias da Costa, considera que “é uma forma de receber o teatro de uma forma diferente, mais próxima ou mesmo dentro de cena. Isto no teatro convencional é mais difícil, quer pelo tamanho das salas, quer pelo número de espectadores em cada sessão. Esta experiência é fascinante para os amantes do teatro e também um estímulo para os que estão menos habituados a frequentar as salas mais tradicionais.”

A primeira peça a que assisti no TR foi uma interpretação brilhante da Susana C. Gaspar de “Lágrimas não são Argumentos”. Uma peça verdadeiramente bem conseguida”, recorda Miguel Ponte. E sublinha: “De facto, a que mais me marcou foi essa mesmo. Foi o factor surpresa, por ser a primeira vez numa sala TR, naquele ambiente intimista. O TR não nos permite perder a atenção. Estabelece-se uma relação quase íntima com o actor e existe uma troca, mais que artística, física, entre as duas partes interessadas. Um inspira o ar que o outro expira. Trocam-se olhares e pode até mesmo saltar um “gafanhoto”. É um show privado, uma partilha próxima e uma entrega que não pode pecar pela autenticidade”, diz-nos Miguel Ponte, autor e actor de “Folhas, e não credos“, em cena durante o mês de Março.

Do que estão à espera para visitar o Teatro Rápido e poderem sentir isto e muito mais?

Fotografia de Mário Pires



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