The Arctic Monkeys

De Sheffield para a Internet, da Internet para Portugal.

OK, esta história não começa propriamente na Internet, mas foi na verdade a rede virtual a responsável pela criação de um dos maiores hypes que uma banda britânica gerou nos últimos tempos. Dia 18 de Maio chegam a um Paradise Garage há muito esgotado. A julgar por relatos de espectáculos anteriores, vamos ter concerto!

The Artic Monkeys são quatro rapazes de Sheffield, Alex Turner (guitarra/voz), Jamie Cook (guitarra), Andy Nicholson (baixo) e Matt Helders (bateria). Quatro rapazes que se juntaram para criar uma banda de garagem. Até aqui nada de mais. Exemplos como este existem às dúzias no bairro mais próximo. Entretanto, em 2003, a banda começa a dar concertos e a distribuir entre o público cópias da demo de estreia, onde se incluía «I Bet You Look Good On The Dancefloor», tema que viria a ser o single de apresentação do disco de estreia.

Seria esta demo a origem de tanto hype, uma vez que começa a ser distribuída na Internet e a aumentar a base de fãs, bem como a afluência aos concertos. Com estes completamente esgotados, a Internet vem de novo ao barulho, com os bilhetes a serem leiloados e a atingir valores perto das cem libras (146 euros).

Já em 2006, Janeiro para ser mais preciso, é editado “Whatever People Say I Am, That’s What I’m Not” pela independente Domino Records, que se torna imediatamente no albúm de estreia com mais vendas na semana de lançamento em Inglaterra, atingindo a impressionante marca de 360 mil cópias vendidas e garantindo a entrada directa para o primeiro lugar do Top. 

Quanto aos concertos, suplantam em muito o disco, por aquilo que nos é dado a conhecer (mais uma vez na Internet), através dos relatos de fãs incondicionáveis. Com letras inteligentes e facilmente identificáveis com a sua geração, as guitarras são levadas ao extremo. As linhas de baixo e a bateria com agressividade q.b. dão origem ao inevitável: muito suor, crowd surfing e saltos incessantes a tentar acompanhar a pujança que existe em palco.

Este é capaz de ser um belo exemplo para as editoras, uma vez que não foi por a demo ser distribuída gratuitamente na Internet que a banda deixou de encher espaços e quebrar recordes de vendas. No final, é apenas uma questão de prioridades, de se saber se interessa mais ter uma casa cheia e uma base de fãs bem composta, ou simplesmente vender albúns.

Agora, é uma questão de saber se os próprios Artic Monkeys sobrevivem a tanto hype e correspondem às expectativas. Entretanto, dia 18 de Maio dança-se, salta-se e perde-se calorias no Paradise Garage. 



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