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The Curse | Filmin

Um super elenco numa das mais interessantes séries de humor negro britânico dos últimos tempos.



“The Curse” é uma “Comédia criminosa” que decorre em Londres no início dos anos 1980, seguindo uma gangue de vigaristas sem esperança que, por sua própria estupidez e falta de julgamento, se envolvem em um dos maiores roubos de ouro da história. O elenco conta com o popular trio da sitcom vencedora do BAFTA “People Just Do Nothing”: Allan Mustafa, Steve Stamp e Hugo Chegwin. A série foi um êxito em Inglaterra e estreou na plataforma Filmin no dia 28 de Fevereiro.

A série conta a história de um grupo de amigos sem sorte – Albert (Allan Mustafa), Sidney (Steve Stamp), Mick (Tom Davis) e Phil (Hugo Chegwin) – que vivem à margem do submundo do crime de East End, na periferia de Londres, no início dos anos 1980. Certa manhã, Sidney conta aos amigos que conseguiu um novo emprego de segurança e sugere que isso representa uma excelente oportunidade: se ele deixar a porta aberta e virar as costas, o gangue poderá realizar um roubo notavelmente sem problemas.

A sugestão é inicialmente recebida com uma recepção um tanto mista, com Albert especialmente hesitante – mas depois de um pouco de persuasão de sua esposa Tash (Emer Kenny) e com a ajuda de um par de gangsters, o grupo começa a planejar o ousado assalto. Só que em vez de roubar a quantia que originalmente pretendiam, eles saem com surpreendentes £30 milhões em barras de ouro, uma quantia que faz com que este assalto seja um dos maiores da história britânica. Naturalmente, começa uma investigação e o resto da série lida com as aventuras do gangue enquanto eles tentam desesperadamente cobrir seus rastros.

O primeiro episódio começa com um aviso de que ‘algumas coisas podem ter acontecido’ e, de facto, a série é vagamente inspirada por uma série de assaltos reais. A narração de Tash dá-nos algum contexto histórico importante. “Londres, início dos anos 80”, diz ela. “Foi difícil lá fora: a pior recessão desde a guerra, Thatcher baixou as calças da classe trabalhadora, mas ao mesmo tempo abafou nossa consciência e a substituiu por pura ganância.”

Esse contexto é a chave para os eventos que se seguem. O ínicio dos anos 80 é habilmente trazido à vida através dos penteados, roupa, carros, cassetes e uma produção que dá à série um charme retro que nunca parece exagerado. A banda sonora tem também um papel vital para enquadrar os acontecimentos com faixas dos The Clash, Talking Heads e muitas outras bandas que faziam furor naquele tempo.

À medida que a série avança, é difícil ficar indiferente, enquanto observamos a gangue cometer todos os tipos de erros embaraçosos, e voltarem-se uns contra os outros conforme a pressão aumenta. “The Curse” é comédia brilhantemente engraçada. A recomendação mais forte que posso dar é que mal posso esperar para assistir aos três capítulos restantes.



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