The Lemon Lovers | Entrevista
Prestes a apresentar o álbum em duas datas em Lisboa e no Porto, João Pedro Silva em discurso directo com a RDB
Os The Lemon Lovers são quatro e são do Porto. Rui Souza tem a seu cargo os teclados e sintetizadores, Rolando Babo ocupa-se do baixo e das vozes, Victor Butuc toca bateria e João Pedro Silva tem a guitarra e a voz sob sua responsabilidade. Acabaram de lançar “Watching the Dancer” (gravado em fita analógica nos Estúdios Sá da Bandeira, no Porto) e estão prestes a apresentar o álbum em duas datas em Lisboa e no Porto, respectivamente. Aqui fica João Pedro Silva, em discurso directo.
Como surgiu a hipótese de gravar de “Watching the Dancers” em fita analógica? O que vos levou a fazê-lo?
Quando procurámos os Estúdios Sá da Bandeira no Porto já sabíamos que lá se gravava em fita; tentámos logo ver qual era a possibilidade de o fazermos dentro dos nossos meios. O principal motivo para o fazer foi conseguir um tipo especifico de sonoridade que com o digital é impossível. Podes fazer uma aproximação porque agora os meios digitais que emulam os analógicos são incríveis, mas não passa de uma aproximação. Hoje em dia tens muitas opções de fazer um disco, mesmo muitas, mas para os temas novos esta solução no nosso entender encaixa como uma luva.
É fácil identificar na vossa sonoridade elementos do rock’n’roll dos anos 70 mas sem nunca se esquecerem do presente. Quais são as vossas principais referências deste período?
Sim essa sonoridade está bastante presente! Nós durante os meses em que trabalhámos os novos temas colámos essencialmente em 3 discos que podemos dizer que são as referências mais actuais do disco, principalmente a nível estético. Esses discos foram os últimos dos The Arcs, Alabama Shakes e dos The Dead Weather.
A vossa vontade de realçar uma componente mais vintage e clássica nas vossas canções é evidente. Isso também se reflecte na própria capa (a partir de uma pintura a óleo de Eduarda Alves e Ana Cláudia Cibrão, na frente e verso respectivamente). Foi algo deliberado ou foi um reflexo natural do rumo que a vossa música seguiu durante a composição do novo álbum?
Foi um processo natural, penso que passa bastante pelo nosso crescimento pessoal, e pelo facto de termos feito reestruturações na banda; a entrada de novos elementos com novas ideias e formas de tocar, pensar a música foi o que levou a realçar essa componente. O conceito geral foi pensado, mas depois as soluções para os pormenores nasceram de forma bastante natural.
O álbum anterior (“Loud, Sexy & Rude”) deu-vos a oportunidade de fazer uma tour internacional. Como correu a experiência? Sentem que, de alguma forma, teve influência no que ouvimos em “Watching the Dancers”?
A experiência foi incrível. O facto de poderes viver durante algum tempo o teu sonho com a possibilidade de ainda conheceres novas cidades, culturas e pessoas… só custa voltar! Claro que de certa forma influencia o “Watching the Dancers”, porque crescemos bastante nessa experiência. Escrevemos o novo disco ainda na ressaca dessa Tour, e as situações peculiares que acontecem nas viagens por vezes são boas bases para umas letras!
E tiveram oportunidade de repetir a experiência no passado mês de Março. Como correu? As canções novas foram bem recebidas?
A Tour do mês de Março foi mais curta, mas como já era uma segunda experiência havia menos dúvidas e menos receios, isso fez com que a vivêssemos ainda com mais intensidade. O pessoal lá fora recebeu as novas canções de forma muito positiva. Ficámos muito felizes. Foram alguns dias a observá-los a dançar, e voltámos com aquela doce sensação de missão cumprida.
“Watching the Dancers” vai ser apresentado ao vivo em Lisboa, dia 22 de Abril no Musicbox, e no Porto, dia 28 de Abril no Plano B.
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