The Libertines em Portugal
A ex-banda de Pete Doherty actua em Portugal no próximo dia 10 de Setembro.
A ex-banda de Pete Doherty actua em Portugal no próximo dia 10 de Setembro. O concerto único dos britânicos realiza-se no Paradise Garage, em Lisboa, e deve contar com os temas do segundo álbum de originais com título homónimo, que contou com a produção do ex-Clash, Mick Jones.
Já comparados a bandas como The Strokes, The Vines ou The Datsuns, o grupo, composto por Carl Barat (guitarra/voz), John Hassal (baixo) e Gary Powell (bateria) ficou conhecido há dois anos com a explosão da nova vaga rock e com o lançamento do single “What a Waster”. Com a entrada no Top 40 da Grã-Bretanha, o NME classificou-os como a melhor nova banda inglesa de 2002 e o seu reconhecimento tem crescido desde ai.
Ao que parece, a história acerca da formação da banda não é certa porque os membros da banda adoram mentir. Inventam uma série de estórias e dizem todo o tipo de disparates nas entrevistas Pelo que se conta, a irmã mais velha de Pete Doherty apresentou-o a Carl Barat. Pouco tempo depois, a banda surge. Tão conhecidos pela música enérgica como pelas atitudes provocatórias, há também uma certa comparação da banda aos Beatles, pela sua interpretação fresca e filosófica dada à música e ao facto de estarem numa banda.
Quando bandas surgem do nada e são logo elevadas à condição de objecto de idolatria, as consequências não podem ser boas. Com vinte e poucos anos, os membros dos The Libertines viram-se rapidamente a braços com o assédio dos Media, milhares de fãs, capas de revista e todo um mundo de glamour e, com este, o vício. Doherty não aguentou e cedeu ao álcool e às drogas pesadas. A relação entre Pete e Carl foi-se deteriorando e chegaram a estar vários meses sem falar e em Maio abandona o “barco”.
Entre as polémicas sobre drogas, problemas com as autoridades e outras, The Libertines parecem tirar partido de tudo isso e conseguirem assim aumentar a sua popularidade. Músicas como “Up The Bracket”, “The Ha Ha Wall”, “Arbeit Macht Frei” e a enérgica “Campaign of Hate” demonstram bem as afirmações políticas e sociais que a banda tenta transmitir. Mas a sua música não se fica pela tentativa de ser irreverente. A nostalgia levantada por faixas como “Music When The Lights Go Out” são bem reveladoras disso. Mas, ao fim e ao cabo, a sua música é rock básico, com muita energia concentrada em canções de três minutos, e com a cabeça enfiada no universo punk dos anos 70.
Será certamente um concerto a não perder. Dia 10 de Setembro no Paradise Garage em Lisboa.
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