The Lithium

A rua de baixo esteve à conversa com um novo projecto musical.

Os The Lithium têm um som pouco usual ainda no nosso País e não se vergam pelo comercial.

Estivemos com eles no Lisboa Bar, ao Bairro Alto, no final de um concerto que, apesar de ter sido numa sala pequena e não preparada para concertos, nos deixou a impressão que será uma banda para singrar se os apoios aparecerem.

Constituída apenas por 3 elementos (Tiago Madeira na voz principal e guitarra, Miguel Fernandes na guitarra e voz secundária e Xicote nos sintetizadores e programação), os The Lithium enchem o palco de movimento e alegria. Deixam transparecer a enorme vontade que têm em dar ao público momentos de prazer e boa música, feita com profissionalismo e muita dedicação.

Aconselhamos vivamente a que passem pelo site deles em http://www.thelithium.com e ouçam alguns dos samplers existentes para que mais facilmente possam perceber porque achamos que a música deles tem um corpo que invade a alma de quem aprecia o seu som.

RDB: Como classificam o vosso som?

LIT:
Sempre tivemos a componente electrónica na nossa sonoridade, mesmo quando ainda usávamos a bateria e baixo (na fase mais rock do projecto). Mas, com o passar do tempo, acabámos por dispensar esses elementos, tornando o projecto ainda mais cyber.

RDB: Quais são as vossas influências?

LIT:
O projecto é definitivamente influenciado pelo rock-retro, e pela electrónica.

RDB: São sobejamente conhecidas as dificuldades que uma banda em Portugal passa para se afirmar no mercado. Com vocês não será diferente. Quais são as principais dificuldades com que se deparam?

LIT: A fraca promoção que se faz aos eventos e às próprias bandas, a falta de condições nos locais dos concertos, a burocracia existente no processo de edição e gravação de registos.

RDB: Para uma banda que apenas tem um mini-cd lançado têm uma imagem muito estudada e cuidada. É importante essa afirmação perante o público?

LIT:
Sim, é importante que o aspecto visual se funda com o som.

RDB: Em que outros projectos participam cada um dos elementos dos The Lithium?

LIT:
The Lithium é The Lithium, os outros projectos a que pertencemos não são relevantes.

RDB: Quase se pode afirmar que este novo cd que está prestes a sair é uma edição de autor. Querem explicar à Rua de Baixo as diversas etapas e dificuldades que passaram e quais os estímulos que as mesmas vos deram?

LIT: Durante 2004 passámos por várias etapas. Pré-produzimos os temas para o LP em casa, depois entrámos em estúdio onde gravámos aproximadamente 14 temas, entretanto deu-se um compasso de espera relativamente grande em relação à edição do álbum. Assim, alguns dos temas escolhidos tornam-se desactuais, obrigando-nos a fazer remodelações, incluindo a edição de autor.

RDB: Durante o concerto apercebemo-nos que o público que já vos conhece acolheu muito bem o Xicote (novo elemento)…

LIT: Sim, ele trouxe-nos qualidade e muita energia.

RDB: Então e quando é que o novo CD vê a luz do dia?

LIT: (risos) Não vamos arriscar a responder a esta…está quase.

Na rua de baixo esperamos vivamente que este “quase” seja mesmo muito rápido.



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