The Open
Melhor Filme, Melhor Argumento e Melhor Realizador no Fantasporto 2016
Imaginem um mundo em guerra. Bombas rebentam à distância após terem destruído parte da civilização, conforme a conhecemos. Jatos sobrevoam as montanhas a velocidades estonteantes, prontos para bombardear mais vidas, as poucas que restam.
Enquanto isso, acampados em altitude, a jogadora de ténis que ocupa a quarta posição do ranking e o seu treinador continuam a preparação para a final do torneio Roland Garros. Com eles, um guerrilheiro subtraído à guerra que se ocupara, em tempos, da raquete que agora estava substituída pela arma.
Todos os dias, depois de amaciada a rejeição do guerrilheiro, os dois atletas treinam. Simulam jogos, eliminatórias, diferentes campos, diferentes terrenos… Jogam sem bola. As raquetes e o campo não têm redes e este é delimitado onde escolherem com pedaços de fita.
Ao longo da sua progressão no treino, onde melhoram realmente as usas capacidades, tentam ignorar que o mundo desaba ao seu redor. Os dois homens acabam por partilhar o mesmo objectivo: levar a rapariga a jogar a final. Uma final que, neste caso, tem tanto de utópico como de necessário, tanto de triste como de satisfatório.
Um filme de Marc Lahore, com apenas três actores e ainda menos figurantes, que nos mostra a força da vontade de nunca desistir, mesmo quando não há mais nada pelo que lutar.
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