The Poppers | “Lucifer”
Um disco renascido das cinzas.
O rock and roll dos The Poppers está de volta. “Lucifer” chega mais maduro, mais consolidado e com novo baixista mas sem perder a pureza a que já nos tinham habituado. Por outro lado, as dificuldades que atravessou para nascer podem muito bem torná-lo num disco mítico.
O álbum começa a desenhar-se com um crowdfunding lançado pela banda, com o objectivo de ajudar a pagar as despesas de gravação. Quando a soma necessária é atingida, Rai, Bonés, Bruno e Pardal partem rumo a Londres, em direcção ao Rak Studios. Contudo, quando recebem o resultado da sua “aventura” em Inglaterra, The Poppers ficam desiludidos com o trabalho e é aqui que o álbum leva outro rumo, o necessário para atingir o que já podemos ouvir no Spotify. O conjunto tem a lucidez e a coragem para deitar fora este disco e ganha força para recomeçar, desta vez em Portugal.
Paulo Furtado, Tigerman, aceita assumir a produção e as gravações serão no Black Sheep Studios, em Sintra. Mas momentos antes destas poderem ter início, Pardal abandona a banda e esta fica sem o imprescindível baixo. Furtado, canhoto de natureza, assume a vez de Pardal no estúdio mas apenas tem disponível um baixo para dextros. E gravou assim mesmo.
Entretanto, Kid Richards, músico e fotógrafo, entra para a banda e é agora o baixista dos The Poppers, oferecendo também a fotografia que faz a capa do novo álbum, a qual é desenhada por Tó Trips, dos Dead Combo.
“Lucifer” é gravado e misturado por Guilherme Gonçalves, masterizado por Nelson Carvalho, editado por Discos Tigre e Blitz Records e tem distruibuição da Sony Music. Conta ainda com uma versão bem profunda de «Teenage Kicks» e com a participação de Filipe Costa, teclista dos Sean Riley and the Slowriders, e de Ian Ottaway, ligado aos Black Rebel Motorcycle Club.
Não ouvimos a gravação de Londres mas deixá-la de parte foi, com certeza, a decisão mais acertada. De outra forma, hoje não poderíamos desfrutar de “Lucifer”.
Próximos concertos
Agendados estão concertos em portalegre (3 de Fevereiro) e Évora (4 de Fevereiro). Para Março, o colectivo ruma ao norte do país para se apresentar no Sé La Vie em Braga (24 de Março) e no Porta Onze em Monção (25 de Março). Abril e Maio serão marcados pela volta à área metropolitana de Lisboa, com os concertos no Sabotage e Ginjal Terrasse. Em Junho, está já confirmada a participação no Festival a Porta em Leiria.
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