The Rolling Stones | “GRRR!”
De se lhe tirar o chapéu
Diz a lenda que os The Rolling Stones nasceram simbolicamente quando Mick Jagger e Keith Richards, então adolescentes, se encontraram numa estação de comboio. Jagger levava debaixo do braço alguns discos de blues e Keith Richards, tal como ele, adorava esse género musical. Do encontro da dupla, que encontraremos mais tarde rodeada por Brian Jones, Charlie Watts e Bill Wyman nasceria, no ano de 1962, a banda que se veio a tornar um mito da história do rock & roll.
Cinquenta anos depois, os The Rolling Stones assinalam a data com a edição de “GRRR! ” que, apesar da capa um pouco manhosa, apresenta a melhor colectânea da banda jamais editada – com direito a dois novos temas – e que servirá para muita coisa: manter – e aumentar – o estatuto, despertar doses desenfreadas de nostalgia ou representar o papel de guia iniciático para aqueles que ainda não conhecem a música destas cinco personagens que parecem comandadas por fios invisíveis – tal não é a energia que mostram ainda em palco.
Está lá um pouco de tudo. A obsessão com o blues e o R&B americano – «Time Is on My Side» ou «Little Red Rooster» -, a crítica sexual feita de classe – «19th Nervous Breakdown» -, alguns hinos à melancolia – como «You Can’t Always Get What You Want» – ou as guitarras dançantes e contagiosas de «(I Can’t Get No) Satisfaction» ou «Start Me Up», que fizeram dos The Rolling Stones uma banda rebelde, com um refinado sentido de humor, a respirar sexo por todos os poros e um modelo de inspiração para gerações de bandas. Meninas e meninos, senhoras e senhores, tirem os vossos chapéus aos The Rolling Stones!
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