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The Script @ Campo Pequeno (02.02.2013)

Lisboa, a última página do guião

O Campo Pequeno foi o palco para a última paragem desta tour dos The Script, no passado dia 2 de Fevereiro. Passaram dois anos desde a última vez que a banda irlandesa passou por Portugal, mas o entusiasmo e a alegria em palco, depois de muitos quilómetros, pareceram saídos de um videoclip.

Nove em ponto. Começou a ouvir-se o sotaque irlandês na sala. Não, o concerto dos The Script não cumpriu as regras dos horários britânicos. Mas a Irlanda esteve presente do princípio ao fim do espectáculo, desde a primeira parte, a cargo da banda The Original Rudeboys, composta por Sean Arkins, Robert Burch e Sean Walsh. Esteve nas mãos destes senhores aquecer os ânimos com um toque de hip-hop e indie.

Cantaram com a bandeira de Portugal em palco, enquanto a sala se enchia. Acabaram a sua parte com uma Super Bock na mão, e pediram um brinde àqueles que vinham a seguir.

Assim que os também irlandeses The Script pisaram o palco, não houve um minuto de sossego no Campo Pequeno. Foi o último concerto desta tour, e a energia da banda, apesar de muitas cidades cruzadas e muito público pela frente, estava ao rubro. Essa energia foi contagiante. Apesar das cadeiras, o público passou o concerto em pé, a bater palmas, a cantar. Houve até quem chorasse.

Esta foi a quarta vez que a banda pisou território português (a primeira foi há dois anos atrás). A banda, composta por Danny O’Donoghue, Mark Sheehan e Glen Power, regressou aos trabalhos depois de “Science & Faith” de 2010 e “The Script” de 2008. O primeiro single é «Hall of Fame», com a participação de will.i.am, gravado nos Sphere Studios em Londres, que já foi líder da tabela inglesa durante algumas semanas.

O concerto começou com o vocalista no meio do público, com a música «We cry». Daí para a frente, ouviram-se músicas mais antigas, intercaladas com outras que fazem parte do novo álbum da banda irlandesa. Várias vezes elogiaram o público português. Também elogiaram o País solarengo e, como bons irlandeses que são, não pouparam a cerveja em cima do palco.

O momento mais emocionante foi quando a banda tocou «If you could see me now», canção do novo álbum que fala sobre o desejo de que os respectivos falecidos pais pudessem vê-los tocar. Confessaram que este tema é muito pessoal para eles, pelo que vem escrito em todos os alinhamentos mas a decisão de tocar ou não é feita na hora… e tocaram. E estar em casa, o telemóvel tocar e aperceber-se que está ao telefone com Danny O’Donogue, o vocalista dos The Script? Foi o que aconteceu ao conhecido de alguém que estava junto ao palco, e a quem foi dedicada a música «Nothing».

Em Lisboa, fecharam a última página desta Tour europeia. Andaram com a bandeira portuguesa aos ombros, mas muitas foram também as bandeiras irlandesas na audiência. Afirmaram que o público português foi o melhor de toda esta jornada, e fizeram a festa como se fosse a primeira vez.

Fotografia por José Eduardo Real



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